O sintetizador que remete aos anos 1970, as letras tragicômicas e os clipes bem produzidos – vários com rostos famosos – são marcas da carreira da atriz e cantora Letícia Novaes, mais conhecida como Letrux. Sucesso nas pistas de dança, a cantora carioca encerra a turnê de seu primeiro disco solo com o show “Letrux em Climão de Despedida”.
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Nessa entrevista ao Metro Jornal, ela fala sobre a atual fase e planos para o futuro.
A Letrux e a Letícia Novaes são uma só?
Não, de jeito nenhum. Gosto de preservar a Letícia um pouco [risos]. Mas empresto coisas uma para a outra. O palco é o lugar mais permissivo para ser um personagem, brinco muito.
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Suas músicas falam do poder feminino e de paixões, mas com um tom de violência. Por que esta opção?
Acredito que estar viva é intenso, um mergulho profundo e brutal. Temos dias de bem-estar e outros mais violentos.
Você também assume algumas bandeiras e pautas sociais em seu trabalho…
Utilizo meus privilégios para combater homofobia, transfobia, racismo e misoginia porque entendo que não sou só mais uma cantora e compositora. Aliás, todos os artistas dos quais admiro a obra, também admiro as causas pelos quais eles lutam. Para mim, isso é muito importante. Sou uma voz, mas não sei de tudo. Estou evoluindo.
Seu novo videoclipe é da música “Vai Render”, com mulheres em momentos libertários. A ideia é jogar tudo pro alto?
Acho que o clipe é sobre despertar, sair de um estado de letargia e aceitação automática da vida. O clipe nos ajuda a colocar na cabeça uma ideia e um alerta. Às vezes, nem é só se afastar do que nos machuca, mas tentar mudar uma vida mais ou menos.
E vem alguma novidade por aí?
Vou soltar em breve outro videoclipe, “Puro Disfarce”, filmado já há um tempo. Gravado, inclusive, com minha musa Marina Lima e dirigido por Pedro Colombo. Vai ser um clipe divertido e curioso. Os próximos ainda estão em fase de criação.