“Tito e os Pássaros” conseguiu estabelecer uma identidade visual única a partir de uma mistura de técnicas que alternou stop-motion com tinta a óleo e animação computadorizada.
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A principal referência estética veio do movimento expressionista, fortemente atrelado aos horrores do período entre guerras e o Holocausto.
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“Muitas dessas pinturas são meio tensas, até um pouco inadequadas ao público infantil, mas estudamos quais códigos podíamos tentar trazer para a animação. As maiores influências foram George Grosz, nas cenas de rodopios e fusão de perspectivas, e Chaïm Soutine, que inspirou as distorções quando o medo surge”, explica Gabriel Bitar.
Com base orquestral, a trilha sonora também ajuda a evocar suspense sem abrir mão do clima fabular do longa. “Pensamos em levar essa tensão a partir da ideia do deslocamento, com uma música em 13 tempos”, explica o compositor Gustavo Kurlat.
Para o produtor Daniel Greco, o longa fecha uma espécie de trilogia da boa fase da animação brasileira, com o sucesso de “Uma História de Amor e Fúria” (2013) e “O Menino e o Mundo” (2014).
O desafio, agora, é reter os talentos fomentados nesse processo. “O próximo passo é estabelecer coproduções para ter orçamentos um pouco maiores”, diz ele.