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Estreias da semana: Babá perfeita volta a encantar em ‘O Retorno de Mary Poppins’

Magia, animação tradicional e uma trilha original são a essência de “O Retorno de Mary Poppins”, que estreia nesta quinta-feira (20) com Emily Blunt, 35, assumindo o bastão – ou melhor, o guarda-chuva – da icônica babá que busca fazer novas gerações acreditarem que o impossível é possível.

“As crianças estão crescendo muito rápido e perdendo sua essência. Elas já se sentem adultas, e isso se deve às mudanças sociais pelas quais passamos. É por isso que Mary retorna, para mostrar que o mundo é maravilhoso e que devemos manter a natureza de nossas crianças”, afirma Rob Marshall, responsável por conduzir a nova aventura da personagem 54 anos depois de ela ter chegado às telas.

O novo filme é uma sequência direta do original de 1964, vencedor de cinco Oscars. A história dos dois, no entanto, está separada por um intervalo de 25 anos.

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“Quando comecei este projeto, estava emocionado e, ao mesmo tempo, assustado, porque era uma grande responsabilidade. Pensei que gostaria de contar uma história minha, mas respeitando o primeiro filme”, diz o diretor de “Chicago” (2002).

Uma das deferências à clássica produção da Disney está na sincronia entre os atores de carne e osso e seres em animação tradicional, ressaltando o clima de magia em torno da babá.

A outra grande homenagem é a participação de Dick Van Dyke. Aos 93 anos, o ator responsável por viver o limpador de chaminés Bert no longa original volta a sapatear na pele do filho do dono do banco.

A trama de “O Retorno de Mary Poppins” volta à casa de número 17 da rua das Cerejeiras para apresentar os irmãos Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer) já adultos, no período entre guerras, embalados por certa melancolia devido aos impactos da Grande Depressão americana.   

Ele segue os passos dos pai e trabalha no banco, e ela dá continuidade ao ativismo político da mãe. Os dois, no entanto, têm a vida devastada quando a mulher de Michael morre, deixando-o responsável pela criação dos filhos Anabel (Pixie Davies), John (Nathanael Saleh) e Georgie (Joel Dawson). Eis a deixa para Mary Poppins surgir do nada, mais uma vez, e afetar sensivelmente a vida da família.

“É um ótimo momento para que Mary volte. Precisamos dela porque estamos vivendo em um mundo muito complicado”, reitera Marshall.

Filme original só saiu por insistência de Walt Disney

Nos anos 1960, uma então desconhecida Julie Andrews foi escolhida para interpretar a fantástica babá Mary Poppins na adaptação para os cinemas da icônica personagem de P.L. Travers (1899-1996).

Não foi fácil convencer a escritora a ceder os direitos sobre a personagem, protagonista de oito livros publicados entre 1934 e 1988. Temendo que ela fosse infantilizada e ridicularizada, Travers acompanhou de perto a feitura do filme e deu trabalho a Walt Disney, como se vê no longa “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” (2013).

A intuição do veterano animador foi certeira. “Mary Poppins” (1964) venceu cinco Oscars, entre eles o de melhor canção para “Chim Chim Cher-ee” e de melhor atriz para Andrews, que sairia dali para estrelar outro sucesso, “A Noviça Rebelde” (1965), também na pele de uma babá incrível, mas bem mais mundana.

Veja a entrevista com o ator Lin-Manuel Miranda: 

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