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‘Recordação para sempre’, diz Badaui sobre primeiro vinil do CPM 22; banda faz sessão de autógrafos nesta terça

Willer Carvalho/Divulgação

O CPM 22 faz nesta terça-feira (13) uma sessão de autógrafos em São Paulo para comemorar o lançamento de seu primeiro disco de vinil. O trabalho escolhido para o clássico formato analógico foi o último álbum, «Suor e Sacrifício», lançado em abril de 2017.

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Em atividade desde 1995, o grupo lançou suas primeiras músicas em fita cassete e depois migrou para o hoje enfraquecido CD (disco óptico). Somente após mais de 20 anos de carreira, a banda decidiu prensar um álbum em vinil, e aproveitou para lançá-lo de maneira exclusiva, limitada a 300 cópias.

O preço do disco não é barato – na loja virtual da gravadora independente Hearts Bleed Blue ele é vendido por R$ 159,80. Mas, para muitos colecionadores, o investimento vale a pena: são dois LPs de 12 polegadas, sendo um deles preto e o outro laranja. A capa também é especial, e se abre como um livro aprofundando a arte do trabalho.

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O Metro Jornal conversou com o vocalista do CPM 22, Fernando Badaui, sobre o lançamento, o momento da banda e o mercado musical no Brasil. Confira:

Por que demorou tanto para sair um vinil do CPM 22?
A gente já quis lançar outras vezes, mas não é uma cultura das gravadoras grandes. Com esse disco, eu fiz questão de falar com a Universal e fiz essa ponte com a HBB (Hearts Bleed Blue), que é independente. Isso é uma coisa muito rara de acontecer no Brasil, uma major se associar a uma gravadora independente, voltada à música alternativa.

Tem a ver com essa volta do interesse no vinil?
O vinil começou a pegar força de novo de uns oito anos para cá. O CD não vende mais, ninguém mais tem vontade pela facilidade do streaming, que pelo menos encontraram uma forma de arrecadar com música digital. E a molecada está se interessando agora, é um puta produto, como um livro, é uma recordação que você vai levar para sempre. Essa cultura na gringa nunca perdeu força, e por aqui temos muitos discos nacionais bons, temos que valorizar isso.

E o cuidado com a produção do vinil, veio de vocês?
Isso é algo que eu fico em cima mesmo, eu sou criterioso com isso. Com a relação à cor do vinil, a gente sempre muda as cores da logo em cada disco, e dessa vez foi laranja, preto e branco. Dessa vez fizemos um duplo com laranja e preto, mas também adoro branco, talvez role em uma próxima prensagem.

A versão em LP surge mais de um ano do lançamento do álbum. Como está sendo a recepção dos fãs?
Todo mundo que ouve o disco pira nele. Eu acho que é o melhor álbum da banda. O que eu vejo nos shows que a gente faz em São Paulo é que tem muita gente que não chegou no disco, mas acaba ouvindo as músicas no show e se interessa. Quem é fã mesmo do CPM gostou muito.

Vocês pretendem lançar outros trabalhos em vinil?
Sim, um disco muito provável seria a nossa coletânea de 20 anos. Mas eu queria muito relançar nosso primeiro álbum independente (A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum).

Serviço

Sessão de Autógrafos com a presença de Badaui, Japinha e Phil.
Data: 13 de novembro (terça-feira)
Horário: 19h às 21h
Local: HBB – Rua Vergueiro 2616, cj.32 Vila Mariana, São Paulo-SP (Próximo ao metrô Ana Rosa)
Entrada gratuita (mais detalhes no evento do Facebook)

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