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Grupo Corpo dança com o coração em nova temporada em São Paulo

O Grupo Corpo é conhecido por tirar o fôlego da plateia em espetáculos cheios de vigor, que exalam a capacidade técnica de seus bailarinos e fazem um uso poético dela na pesquisa por uma dança contemporânea brasileira.

Quando essas características se aliam à emoção, surgem obras arrebatadoras, como “Lecuona” (2004) e “Dança Sinfônica” (2015), reunidas em um só programa que estreia quinta, no Teatro Alfa.

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“Essas são as duas peças do Corpo em que as pessoas mais se emocionam”, diz o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, responsável por desenvolver a assinatura coreográfica da companhia desde “21” (1992), em que passou a criar obras com músicas compostas especialmente para os balés.

“21” deveria integrar o programa da temporada ao lado de “Dança Sinfônica”, dando a chance de o público conferir a evolução da linguagem do Corpo, mas problemas com direitos autorais mudaram os planos – a trilha foi criada pelo grupo Uakti, que acabou no ano passado.

O revés fez “Lecuona” voltar à tona. Apaixonado pelas obras do cubano Ernesto Lecuona (1895-1963), Pederneiras abriu uma exceção a sua regra de coreografar apenas músicas originais e criou 12 pas-de-deux que representam diferentes facetas do amor.

É um tipo de emoção diferente da de “Dança Sinfônica”. Impregnada de memórias afetivas, a obra foi criada para celebrar os 40 anos do Corpo e conta com trilha de Marco Antônio Guimarães.

“‘Lecuona’ tem momentos engracados, românticos, sensuais… É mais leve. Já ‘Dança Sinfônica’ tem uma densidade maior, ela fala de passado, de pessoas que ficaram para trás. Acho que vai ser um programa porreta”, conclui o coreógrafo.

Serviço:
No Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000). Estreia quinta (4). Qua. e qui., às 21h, sex., às 21h30, sáb., às 20h, dom., às 18h. De R$ 50 a R$ 150. Até 14/8.

Veja trechos de «Lecuona» e «Dança Sinfônica»:

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