A poesia varre “A História da Eternidade” do começo ao fim. Ela está impregnada na fotografia que capta a exuberância do sertão, na delicada tessitura das relações entre os personagens e no timing dos atores para uma narrativa que transforma lentidão em virtude.
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No longa do pernambucano Camilo Cavalcante, que estreia nesta quinta-feira, vemos três mulheres de gerações distintas diante em um lugarejo esquecido pelo tempo.
Debora Ingrid é a adolescente que sonha em conhecer o mar e vê na arte do tio (Irandhir Santos) uma escapatória para sua dura realidade. Marcélia Cartaxo é a viúva que acaba de perder o filho pequeno e tem a chance de se reconstruir no amor de um sanfoneiro cego. Querência é a idosa que precisa confrontar seus sentimentos diante do neto recém-chegado de São Paulo.
Cada uma delas tem desejos e precisa tomar uma decisão diante deles. O problema é que toda ação tem uma consequência.
“A História da Eternidade” foi o grande vencedor do último Festival de Paulínia, no qual conquistou cinco prêmios.
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