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Após estrear como diretor no mordaz filme indie adolescente “Submarino” (2010), Richard Ayoade partiu para algo completamente diferente: o esperto, inventivo e altamente estilizado longa “O Duplo”, que estreia nesta quarta-feira.
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Na produção, Jesse Eisenberg interpreta dois personagens. Um deles é o tímido e solitário Simon, que, além de ser desprezado pela amada (Mia Wasikowska), tem um choque ao descobrir um novo colega de trabalho idêntico a si mesmo, mas de personalidade oposta.
A história é baseada em uma novela homônima de Fiodor Dostoievski, e essa não é a única influência intelectual envolvida na obra.
“No livro, você sente a opressão de classe e todas essas coisas, mas nós não queríamos entrar nesse mérito porque não parecia necessário para a psicologia da solidão do personagem”, afirma o cineasta. “Sentimos que seria melhor criar algo em que alguém pudesse ser oprimido por seu trabalho. O escritório é, de alguma forma, a síntese de uma realidade melancólica, uma metáfora para a frustração”, completa.
Um dos desafios da produção foi fazer Jesse Eisenberg apresentar duas performances distintas. “Por mais bobo que seja, a maior dificuldade é que apenas demora mais porque você precisa ensaiar tudo duas vezes. Então você ensaia como um personagem e depois como outro”, disse o diretor.
O grande enigma é encaixar as cenas. “Você precisa avançar por essas cenas com muito mais cuidado do que faria, pois você nunca vê o resultado na hora. Nunca será possível ver simultaneamente os dois juntos em um ensaio. Mas Jesse é brilhante, muito inteligente e pensativo, e tem essa habilidade dos atores que fazem teatro e precisam repetir as coisas sem transformá-las em rotina”, elogia.
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