Colunistas

Governo retoma o controle dos bilhões da Vale

claudio-humberto colunistaSem alarde e utilizando de artifícios marotos, o governo retomou o controle da Cia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997. Os fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), além do BNDESpar, controlados pelo Planalto, somam agora 52,5% da mineradora. Isso garante à “cumpanherada” proximidade dos negócios bilionários da Vale. Sem licitações, sem TCU e sem MPF por perto.

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Empresa laranja

Para disfarçar os investimentos na Vale, os fundos criaram uma empresa, Litel, da qual a Previ tem 78,4% das ações.

Pés frios

Após a retomada da empresa, uma das mais rentáveis do mundo, a Vale viu agravada a crise da desvalorização do minério de ferro.

Disfarça, disfarça

Para assumir o controle da Vale, os fundos investiram mais do que a lei autoriza, e agora tentam “desenquadramento” para fugir da ilegalidade.

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Fechando os olhos

O ministro Carlos Gabas (Previdência) pressiona a Previc, que fiscaliza fundos de pensão, a “buscar uma solução” para não puni-los.

Reforma política libera troca-troca de partidos

claudio-humberto-22052015Além de impedir que partidos nanicos tenham acesso aos R$ 868 milhões do fundo partidário, o projeto da reforma política libera políticos eleitos a mudar de partido sem risco de perder o mandato, mas só pelos dois meses após a promulgação da lei. Hoje e após a janela de 60 dias, político que se desligar do partido pelo qual foi eleito perde o mandato, salvo em casos como a criação de nova legenda.

Corrida pela grana

A mudança na partilha do fundo partidário deve levar deputados de 16 pequenos partidos a usar a brecha para trocar de legenda.

Furada

Partidos em vias de criação como o Rede, de Marina Silva, e o PL de Gilberto Kassab (Cidades) vão nascer sem dinheiro e sem deputados.

Senado jovem

Ao contrário de senatus, que vem de “ancião” em latim, a idade mínima de nossos senadores será reduzida para 30 anos na reforma política.

Contrabando questionado

O PPS entrou com mandado de segurança no Supremo contra o “contrabando” na MP 668 que libera construção do “Parlashopping” no novo anexo da Câmara. O “jabuti” foi aprovado na MP no último dia 20.

O que é pior

Com Delcídio Amaral (PT-MS) como líder do governo no Senado, Dilma não precisa de oposição. Ele agora diz que é preciso “diferenciar partido e governo”. Sem explicar o que é pior, na opinião dele.

Grande resistência

Deputados federais do PMDB-RJ cobram de Michel Temer a nomeação dos indicados na Cia. Docas. Para votar o ajuste fiscal, Temer prometeu nomeações, mas a resistência na Casa Civil é implacável.

Fusão fria

A fusão PTB-DEM passa por dificuldades. Reunidos ontem, dirigentes dos dois partidos se desentenderam sobre partilhas dos diretórios estaduais no novo partido e as conversas voltaram à estaca zero.

Desoneração da folha

A Receita Federal demorou duas semanas para encaminhar a tabela da análise de desoneração da folha de pagamento ao relator, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Com relatório atrasado, votação só no dia 10 de junho.

Reeleição na Câmara, não

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) criticou a intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de aprovar PEC que permite a reeleição no atual cargo: “É um casuísmo grave que altera a Constituição para atender interesses circunstanciais”. Atualmente a reeleição é proibida.

Vergonha

O deputado Arthur Virgílio Bisneto (PSDB-AM) aplaudiu a rejeição ao diplomata Guilherme Patriota para a OEA: “O Senado não é obrigado a referendar. E a OEA não é hoje um foro multilateral relevante”.

Apertando o PT

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deseja pôr em votação a reforma política para desgastar o PT. O objetivo do presidente da Câmara é destacar as incoerências petistas, que pregam uma coisa e aprovam outra.

Pensando bem…

… “corte adequado”, como quer Dilma, só se for na própria carne.

poder sem pudor 22052015

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