A renda bruta de Santos e Linense, no Pacaembu, foi de R$ 324.680, mas as despesas diversas alcançaram R$ 173.635,45, o que, no final das contas, gerou um prejuízo de cerca de R$ 20 mil. Se 11 mil pagantes, em um dia em que a arquibancada foi vendida a 40 reais, deram prejuízo, quantos pagantes os jogos do Santos precisam ter para que valha a pena o time entrar em campo?
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O interessante é que a Portuguesa, que mandou seu jogo contra o Santos no mesmo Pacaembu, teve uma renda maior e pagou apenas R$ 68.648 dessas mal explicadas “despesas diversas”. Por que o Santos paga tão alto e quais são, exatamente, essas despesas? Se esta gestão quer ser mais transparente do que a anterior, ela não pode incorrer no mesmo erro. Depois, não adiantará fazer um blog com o nome de “transparência”, pois esta é o tipo da qualidade que deve ser praticada e não alardeada.
Alguns santistas estão desconfiados de que essa diretoria está de má vontade com o Pacaembu. Para o jogo contra o Linense só havia dois pontos de venda de ingressos na capital. Em Londrina, cidade 30 vezes menor do que São Paulo, colocaram nove pontos de venda e ainda oferecem as entradas em até 12 vezes no cartão.
Com a tabela do Campeonato Brasileiro em mãos, o Santos poderia vender carnês para todos os seus jogos, definindo de antemão suas partidas na Vila Belmiro, Pacaembu e outros estádios. Isso ajudaria o torcedor a se programar e aumentaria o faturamento do clube. Sem contar que não se fala naquela óbvia campanha nacional de associados. O sócio e o torcedor continuam a ser supérfluos para os dirigentes santistas. Enfim, o marketing comandado pelo Alex Fernandes tem tentado fazer alguma coisa, mas parece que a política está atrapalhando.
Odir Cunha é jornalista multimídia com 38 anos de experiência, dois prêmios Esso e três da APCA. Escritor com 22 livros publicados, 10 deles sobre o Santos, é editor da Editora Magma Cultural, editor de conteúdo do Museu Pelé e dono do blog http://blogdoodir.com.br/ Escreve no Metro Jornal de Santos
