Ciência e Tecnologia

Revolução na robótica: são criados robôs com minicérebros que aprendem e se adaptam sozinhos

Desde a automação de fábricas até os assistentes virtuais, o papel das máquinas na sociedade tem crescido muito

El “MetaBOC” es solo el comienzo de lo que podría ser una nueva era en la relación entre los humanos y las máquinas, y el desafío será asegurar que esta evolución tecnológica sea utilizada de manera responsable y beneficiosa para toda la sociedad.
Assistente robótico O "MetaBOC" é apenas o começo do que poderia ser uma nova era na relação entre humanos e máquinas, e o desafio será garantir que essa evolução tecnológica seja utilizada de forma responsável e benéfica para toda a sociedade (Xu Haiwei-unsplash)

Um novo avanço poderia transformar radicalmente o futuro dessas interações: ‘robôs com minicérebros cultivados em laboratório’, capazes de desenvolver habilidades de forma autônoma, uma tecnologia que promete nos aproximar da criação de máquinas com uma forma rudimentar de ‘consciência própria’.

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Este desenvolvimento pioneiro em robótica e inteligência artificial foi possível graças aos avanços em biotecnologia, especificamente no uso de organoides cerebrais, pequenas estruturas neurais cultivadas em laboratório que imitam o comportamento do cérebro humano. Esses minicérebros são integrados com a tecnologia de chips eletrônicos, permitindo que os robôs aprendam, se adaptem e realizem tarefas complexas sem intervenção humana direta. O projeto, chamado ‘MetaBOC’ (Brain-On-Chip), foi desenvolvido por uma equipe de cientistas da Universidade de Tianjin e da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, e poderia mudar o futuro da interação entre humanos e máquinas.

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MetaBOC: Robôs com minicérebros

Consiste na integração de dois elementos-chave: um organoide cerebral, que atua como uma representação reduzida do cérebro humano, e um microcontrolador, que serve como uma interface entre os sinais neuronais gerados pelo organoide e o sistema robótico que executa as ações.

Estes minicérebros são capazes de gerar padrões de atividade neuronal que podem ser interpretados pelo microcontrolador, que traduz esses sinais em comandos que o robô pode executar, como se mover, pegar objetos ou evitar obstáculos.

Em outras palavras, esses robôs não apenas executam comandos pré-programados, mas também ‘aprendem’ com seu ambiente e ajustam seu comportamento de acordo.

Como funcionam os robôs com ‘consciência’

Estes organoides cerebrais imitam, até certo ponto, a estrutura e o comportamento dos neurônios no cérebro humano, o que lhes permite não apenas receber informações sensoriais, mas também processá-las e responder adequadamente a estímulos externos.

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Funcionam como um sistema de interface cérebro-máquina, no qual os organoides cerebrais geram sinais neurais que são interpretados por um microcontrolador. Os sinais neurais são decodificados e transformados em ações que o robô pode executar, como mover suas extremidades para evitar um obstáculo ou pegar um objeto.

Isso é possível graças a um sistema de feedback que permite aos organoides cerebrais ajustar suas respostas com base em experiências anteriores.

Potenciais aplicações do MetaBOC

1. Indústria manufatureira e logística: Isso reduziria a necessidade de intervenção humana em processos repetitivos ou perigosos, melhorando a eficiência e reduzindo custos.

2. Medicina: Usados em terapias de reabilitação para ajudar os pacientes a recuperar a mobilidade através do uso de sistemas de feedback adaptativo.

3. Exploração espacial: Esses robôs poderiam realizar tarefas de exploração em planetas ou luas onde a intervenção humana é impossível ou muito perigosa, ajustando seu comportamento de acordo com as condições do ambiente.

4. Interação humano-robô: Isso abriria novas oportunidades para o desenvolvimento de assistentes robóticos mais personalizados e empáticos.

Se em algum momento esses organoides cerebrais desenvolverem uma forma mais avançada de consciência, como deveríamos tratá-los? Teriam direitos, como os seres humanos, ou seriam considerados simplesmente máquinas avançadas? Esta questão levanta um debate que a sociedade terá que enfrentar à medida que essa tecnologia avança.

À medida que essas tecnologias continuarem avançando, é provável que vejamos uma maior integração de robôs em nossa vida cotidiana, desempenhando papéis que antes eram considerados exclusivos dos humanos.

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