Desde o lançamento do seu primeiro módulo, em 1998, a EEI tem sido um bastião de pesquisa em microgravidade, orbitando a Terra a cerca de 400 quilômetros de altitude; no entanto, como tudo que é bom, seu tempo está chegando ao fim: a NASA começou a planejar sua desorbitação e selecionou a SpaceX para realizar essa tarefa complexa e delicada.
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Embora o termo desorbitação possa parecer técnico, não é mais do que uma forma educada de dizer que a EEI será destruída. A razão por trás dessa decisão é clara: a estação é muito grande para permitir uma reentrada descontrolada na atmosfera terrestre, o que poderia causar um desastre se seus destroços atingirem áreas povoadas.
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Esta não é a primeira vez que a NASA enfrenta o desafio de desorbitar uma estação espacial: em 1979, a estação Skylab da NASA reentrou na atmosfera terrestre de forma descontrolada, dispersando fragmentos ao longo de uma vasta área na Austrália.
SpaceX: Aaescolha para uma missão crítica
A escolha da Space X não é surpreendente, dada a história de sucessos que a empresa liderada por Elon Musk acumulou nos últimos anos, tanto no lançamento de satélites quanto no transporte de astronautas para e da Estação Espacial Internacional.
O projeto conta com um financiamento de US$ 843 milhões por parte da NASA, e embora os detalhes técnicos do veículo de desorbitação ainda não tenham sido revelados, especula-se que possa ser baseado em uma versão modificada da cápsula Dragon da SpaceX, que já demonstrou sua capacidade de acoplar-se à ISS (sigla em inglês) e retornar com segurança à Terra.
A logística de uma descida controlada
O plano para desorbitar a ISS é complexo e requer uma precisão milimétrica. A nave de desorbitação será lançada aproximadamente um ano antes da data programada para a desorbitação final, enquanto a estação ainda estiver habitada por astronautas. Esta nave se acoplará à ISS e permanecerá lá enquanto a estação continuar operando normalmente.
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À medida que a ISS se aproxima ao final de sua vida útil, os astronautas começarão a abandonar a estação gradualmente.
O legado da EEI
Durante mais de duas décadas, a EEI tem sido um símbolo de cooperação internacional, com 15 países colaborando em sua construção, operação e manutenção. Tem sido lar de experimentos científicos que ampliaram nosso conhecimento do espaço, biologia, física e muito mais.
Além disso, a EEI tem servido como uma ponte para o futuro da exploração espacial. Tem sido um banco de testes para tecnologias que um dia serão usadas em missões a Marte e além.
Os módulos da Estação Espacial Internacional evoluíram ao longo dos anos, incorporando novas tecnologias e sistemas que melhoram a vida a bordo e a capacidade de realizar experimentos.
A desorbitação da ISS é um lembrete de que, embora o espaço ofereça oportunidades ilimitadas, também apresenta riscos significativos. A SpaceX, com seu histórico de inovação e sucesso, está bem posicionada para realizar esta missão crítica.