A informação divulgada pela Variety indicou que o Sindicato SAG-AFTRA, nos Estados Unidos, conseguiu que os senadores da Califórnia aprovassem uma lei que exige consentimento para criar clones de celebridades falecidas com ferramentas de inteligência artificial generativa.
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Especificamente, a lei ‘AB 1836′ fornecerá apoio aos herdeiros dos atores falecidos para manter o controle sobre as réplicas geradas com IA. Vale ressaltar que esse tipo de tecnologia já foi utilizada em produções de Hollywood, citando como exemplo os casos dos falecidos Oliver Reed e Paul Walker.
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“Não há nenhuma razão pela qual o consentimento não possa ou não deva continuar sendo necessário quando se pede a artistas falecidos reconhecíveis que se representem após sua morte. Em poucas palavras, a aprovação da AB 1836 garantirá esse resultado de agora em diante”, explica uma fonte ao meio citado.
Por sua vez, a SAG-AFTRA expressou em um comunicado que "para aqueles que desejam usar réplicas digitais de artistas falecidos em filmes, programas de televisão, videogames, audiolivros, gravações de som e muito mais, sem primeiro obter o consentimento dos herdeiros desses artistas, o Senado da Califórnia acabou de dizer NÃO", afirmaram. "AB 1836 é mais uma vitória (...) para melhorar as proteções dos artistas na era da IA generativa. A aprovação deste projeto de lei reforça nossas proteções".
Para que a regulamentação entre em vigor, espera-se que em breve tudo possa ser confirmado graças à necessária, mas quase certa assinatura do governador da Califórnia, Gavin Newsom. A aprovação vem depois que, no mês passado de julho, o sindicato de atores mencionado chegou a um acordo com a empresa especializada em IA, Narrativ, para criar um mercado online onde os atores possam disponibilizar suas vozes para réplicas com consentimento e que esse trabalho seja remunerado.