A história de Espártaco foi contada em pelo menos cinco longas-metragens ao longo da história moderna do cinema. Em todos os casos, refletem a brutal rebelião dos escravos contra o Império Romano, cerca de 72 anos antes do surgimento de Cristo, ou seja, há quase 2100 anos.
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Desde então até os dias atuais, foram aparecendo artefatos, como armas, carruagens, escudos, armaduras e roupas, usados por soldados que defendiam as cruzadas de Espartaco e guerreiros do exército romano.
No entanto, uma análise recente de arqueólogos italianos e norte-americanos descobriu o local exato onde uma das brutais batalhas entre as duas forças se desenrolou, numa área florestal de Dossone dela Melia, no sul da região da Calábria (sul da Itália).
De acordo com uma resenha do jornal Independent, a descoberta foi feita por ecologistas que trabalhavam na área florestal. Eles notaram a presença de um muro de grande extensão, que tinha uma vala aos seus pés, e imaginaram que poderia ter valor histórico. Eles alertaram as autoridades do Ministério da Cultura da Itália, que por sua vez encaminharam para diferentes institutos de arqueologia.

Campo de batalha entre as forças de Espártaco e Roma
Quando os pesquisadores e especialistas chegaram, a primeira coisa que fizeram foi executar uma análise infravermelha através de um drone aéreo para mapear toda a área.
Ao ver o muro e a vala, identificaram imediatamente que se trata de um método de defesa utilizado pelo general romano Marco Licinio Crasso, em 71 a.C., para tentar conter a rebelião iniciada por Espártaco.
O muro tem cerca de 3 quilômetros de extensão e a vala tem 1,5 km de comprimento. Por ser oca, estava cheia de musgo. Investigaram na parte interna e nos terrenos. O resultado foi a descoberta de armas, cabos de espadas, lâminas afiadas curvas e pontas de lança e javelins.
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Tudo indica que neste local houve uma batalha sem precedentes entre o Império Romano e as forças de Espártaco.
“Começamos a estudar as armas recuperadas ao longo do muro e as comparações mais próximas são com armas do último período republicano. Acreditamos ter identificado o local da batalha”, explicou o arqueólogo Andrea Maria Gennaro do Ministério da Cultura da Itália para o Live Science.