Ciência e Tecnologia

Viajar para Marte pode exigir diálise, desafiando planos de colonização devido aos riscos à saúde

Os ratos da pesquisa não tiveram uma boa experiência

Ratones en Marte | Imagen creada por DALL-E
Viagem a Marte Imagem criada por DALL-E

Sem dúvida, um dos objetivos da exploração espacial é conhecer mais sobre Marte, o quarto planeta do sistema solar e nosso vizinho mais próximo. E, claro, a habitabilidade do Planeta Vermelho é um tema de interesse devido às suas condições que, em certos aspectos, podem lembrar as da Terra primitiva. Por exemplo, a presença de gelo nos polos e possíveis reservas de água subterrânea são pistas de um possível futuro nesse planeta.

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No entanto, um estudo recente do University College de Londres (UCL) revelou efeitos preocupantes das viagens espaciais na saúde renal, colocando em dúvida a viabilidade de futuras missões a Marte, o que poderia até descartar os planos de colonização.

El futuro de la exploración espacial apunta a la colonización de Marte.
Astronauta O futuro da exploração espacial aponta para a colonização de Marte (Nisian Hughes/Getty Images)

Viajar para Marte pode exigir diálise

Um estudo publicado em Nature Communications revelou uma análise extensiva sobre o impacto da microgravidade e da radiação cósmica nos rins, utilizando dados de astronautas e experimentos com ratos.

A pesquisa, considerada uma das mais extensas até o momento, descobriu que os rins podem sofrer deformações significativas no espaço exterior. Como? Os túbulos renais, fundamentais para regular o equilíbrio de cálcio e sal no corpo, mostraram sinais de encolhimento após menos de um mês no espaço, uma descoberta observada tanto em humanos quanto em ratos.

Esse deterioro se torna preocupante para a comunidade científica, já que até agora a formação de cálculos renais no espaço era atribuída apenas à perda óssea causada pela microgravidade, que aumenta os níveis de cálcio na urina.

Além disso, o estudo mostra que a microgravidade pode alterar a forma como os rins processam os sais, o que pode levar a sérios problemas renais a longo prazo. Nesse sentido, a radiação também foi considerada na pesquisa, mas os cientistas apontaram que a microgravidade tem um impacto mais direto nessas mudanças, embora ainda não compreendam completamente a interação entre essas duas variáveis.

Além disso, uma das descobertas mais alarmantes deste estudo foi que os ratos expostos à radiação simulada por dois anos e meio sofreram danos permanentes nos rins e uma perda significativa da função renal. Isso levanta uma série de preocupações sobre a saúde dos astronautas em missões de longa duração, como uma viagem a Marte, mas também abre a porta para a busca de soluções, como o desenvolvimento de tecnologias ou tratamentos farmacêuticos para mitigar esses efeitos prejudiciais.

"Se não desenvolvermos novas formas de proteger os rins enquanto um astronauta viaja para Marte, é possível que ele precise de diálise para a viagem de volta", sentenciou o autor principal da pesquisa, Keith Siew.

¿Los primeros viajeros en pisar Marte podrán hornear y comer pan? Dicha interrogante es contestada en dos centros tecnológicos en Bruselas, Bélgica: PuraDome y el Innovation Center, donde los panaderos, chefs y chocolateros pueden aprender sobre el desarrollo de los alimentos del futuro y en especial, conocer las últimas investigaciones para hacer pan y comida en el planeta rojo.
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