No incrível universo de Star Wars, os umidificadores de vapor são dispositivos fundamentais para a sobrevivência em planetas desérticos como Tatooine. Estamos falando de aparelhos engenhosos que extraem a umidade do ar seco e a condensam em água, para que os habitantes e agricultores possam acessar o recurso vital mesmo nesses mundos áridos. É por isso que dentro da saga esses aparelhos também simbolizam a luta e a engenhosidade para sobreviver em condições extremas.
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E como se tivessem saído de Star Wars, em 2019, Swapnil Shrivastav fundou Uravu Labs, uma startup que transforma ar em água potável usando tecnologia inspirada na saga de George Lucas.
![sequia](https://www.metroworldnews.com.br/resizer/v2/TSX47BC6GBATJN2NQ3NFDG4OXE.jpg?auth=8b871fdfc8ec461e7912b59f0b09e93783efb0d388dbd73934d4334f8690d843&width=800&height=552)
Star Wars para combater a seca
Inspirado por uma grave seca que afetou Kozhikode, Índia, em 2016, Shrivastav pensou em inventar um sistema inovador que utiliza geradores de água atmosférica para absorver a umidade do ar por meio de um dissecante líquido.
Assim, o processo pode usar luz solar ou eletricidade renovável para aquecer o dessecante a 65°C, e depois liberar a umidade que posteriormente se condensa em água potável, produzindo cerca de 2.000 litros por dia. Incrível, não é?
De acordo com o que a BBC compartilhou, inicialmente a visão de Shrivastav era fornecer água potável para comunidades com escassez de água. No entanto, após enfrentar desafios financeiros e falta de apoio na Índia, a startup agora fornece água para clientes da indústria hoteleira, que valorizam a sustentabilidade do processo.
"Uma fonte de inspiração foi Star Wars, onde há um dispositivo que converte o ar em água. Pensei, por que não tentamos? Foi mais um projeto por curiosidade", explicou ao meio citado.
O desafio da escassez mundial
No entanto, apesar de sua ideia não ter servido para o objetivo inicial, a Uravu Labs continua buscando melhorar a acessibilidade e reduzir os custos de sua tecnologia. A escassez de água é um problema crescente em todo o mundo, com mais de 50% da população mundial experimentando falta desse recurso pelo menos uma vez por mês.
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Neste contexto, a FAO adverte que até 2025 cerca de 1,8 bilhão de pessoas viverão em regiões com escassez absoluta de água. Por isso, a tecnologia de geração de água atmosférica está se tornando mais relevante do que nunca, especialmente em locais remotos, em um mercado onde a demanda por sistemas de geração de água atmosférica espera crescer de US$3,4 bilhões em 2022 para US$13,5 bilhões em 2032.
Por enquanto, os fabricantes estão focados em tornar esses sistemas mais eficientes energeticamente, com ideias para reduzir a energia necessária e, potencialmente, os custos operacionais. Enquanto isso, a Uravu Labs busca aproveitar o calor residual dos centros de dados para gerar água, o que poderia reduzir significativamente o consumo de água doce.
![Uravu](https://www.metroworldnews.com.br/resizer/v2/WVKN4RVJLBGG3FCQVMGB4G2WQQ.png?auth=f909885bcd7fc937d26b454e212861a4ccd5499a5fd5563b76d063e6c4f02041&width=800&height=447)