Ciência e Tecnologia

Não porque seja digital significa que será eterno: PlayStation apaga dezenas de séries que os usuários “compraram”

Isto porque, estritamente falando, eles são alugados

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Imagem: Sony | Loja da Sony

O crescimento do conteúdo digital está substituindo as versões físicas, mas sua imperfeição prejudica os consumidores, como demonstra o caso recente da Sony e Discovery.

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Através do PlayStation, a Sony vendeu dezenas de séries, filmes e documentários da Discovery e agora os removeu das bibliotecas daqueles que os compraram.

A concepção errônea de que uma compra digital garante a propriedade perpétua entra em conflito com a realidade: uma "compra" digital é, essencialmente, um aluguel sujeito a termos de direitos ou encerramento da plataforma. O incidente atual com a Sony e a Discovery está ilustrando esse ponto de forma crua para muitos usuários.

Mudança de direitos

A loja digital da Sony, operacional desde 2008, vendia conteúdo digital integrado nos consoles PlayStation. Recentemente, por meio de e-mails e comunicados em seu site de suporte, os clientes foram informados de que o conteúdo adquirido da Discovery será removido de suas coleções a partir de 31 de dezembro de 2023.

Esta decisão deve-se aos acordos de licença de conteúdo, pelo que os utilizadores não poderão aceder a este material, apesar de o terem adquirido.

O anúncio não é favorável para a nova loja de filmes e séries digitais da Sony Pictures, chamada Sony Pictures Core, e pode influenciar na percepção dos usuários sobre as aquisições digitais na plataforma.

Ao contrário de outros casos, onde os produtos ainda estão disponíveis mesmo que percam a licença, neste caso, o conteúdo da Discovery será completamente apagado e não poderá ser reproduzido. A razão por trás dessa medida é a fusão da Discovery com a Warner, transferindo seu conteúdo para a HBO Max.

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A Sony só possuía os direitos até 2023 e, ao não renová-los, os usuários enfrentam a perspectiva de ter que pagar novamente para acessar esse conteúdo em outra plataforma.

Este incidente destaca a paradoxo da Sony, que, apesar de seu envolvimento no desenvolvimento do Blu-ray, oferece suporte limitado ao formato na PS5, sem compatibilidade para Blu-ray 3D, uma característica que poderia ser implementada com uma simples atualização de firmware.

A mensagem é clara: o conteúdo digital, mesmo que seja adquirido, continua sendo um aluguel sujeito às decisões das empresas. Seja por meio de compras individuais ou assinaturas, o objetivo das empresas parece ser reduzir os direitos dos consumidores e transformá-los em assinantes perpétuos para acessar o conteúdo.

A eliminação de séries e documentários populares do Discovery, como ‘Caçadores de Mitos’ ou ‘Ciência de Rua’, destaca a vulnerabilidade dos usuários na era do conteúdo digital.

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