Após anos sem registros, duas espécies de cobras foram vistas no Espírito Santo. Das 82 duas espécies comuns para a região, tanto a “Apostolepis longicaudata” quanto a “Drymoluber brazili” não eram vistas há 66 e 46 anos, respectivamente.
Conforme publicado pela Galileu, o encontro com os animais foi publicado na revista Check List, por meio de um artigo, no último dia 27 de fevereiro. Imagens dos animais também podem ser visualizadas por meio da publicação científica especializada em biodiversidade.
O que chama atenção no estudo é o fato de que as duas espécies encontradas são consideradas raras na região do Espírito Santo. Acredita-se que a raridade destas cobras seja por conta da escassez das presas que compõe a dieta de cada uma delas.
Conheça mais sobre as espécies
As cobras da espécie Apostolepis longicaudata também são raras em todo o Brasil, sendo registrada pela última vez há 66 anos, antes de ser vista novamente em 2016, no município de Jaguaré. Ela comumente habita as regiões de cerrado e caatinga. A única população de sua espécie que pode ser encontrada nas regiões de Mata Atlântica está justamente localizada no Espírito Santo.
Segundo os pesquisadores, a raridade da espécie pode estar relacionada com a qualidade dos remanescentes florestais.
Por sua vez, a Drymoluber brazili também é encontrada nos mesmos ambientes, mas geralmente opta por permanecer em áreas abertas. Porém, sua recente redescoberta mostra que a espécie pode ter se adaptado as zonas de desmatamento, passando a habitar também algumas zonas de mata.
As duas espécies são classificadas como ameaçadas no Espírito Santo, estado que possui somente 10% de remanescentes florestais, algo que, segundo os pesquisadores, pode impactar diretamente na preservação das espécies.
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