Chegou ao fim o período de prisão de Gypsy Rose Blanchard, condenada após persuadir seu namorado a assassinar sua mãe, Dee Dee Blanchard. A história, que inicialmente levantou suspeitas sobre a participação da jovem e de sua mãe em um esquema de fraudes, acabou se tornando um dos casos mais conhecidos de abuso infantil.
Conforme publicado pelo O Globo, ao longo da infância e adolescência de Gypsy Rose, sua mãe falsificou laudos médicos e a medicou de forma a fazer parecer que a menina possuía graves condições médicas que necessitavam de uma grande atenção.
A condenação de Gypsy aconteceu em 2016, apenas um ano após o assassinado de Dee Dee. Na ocasião, a jovem, com 23 anos, foi condenada a 10 anos de prisão por sua participação no crime.
Gypsy e seu namorado, Nick Godejohn, foram presos após a jovem publicar no Facebook sobre o assassinato, que levou a polícia a procurar pelo corpo de sua mãe. Durante o julgamento, a defesa da jovem alegou que ela era na verdade uma vítima de sua mãe que sofria da chamada Síndrome de Munchausen por procuração.
Tal síndrome é caracterizada pelo fato de o abusador induzir ou exagerar nos sintomas de doenças de uma criança ou pessoa dependente, com a intenção de obter atenção e simpatia para suas atitudes.
Entenda o caso
Quando Gypsy tenha sete anos, sua mãe passou a alegar que a menina sofria de uma série de doenças graves, entre elas a distrofia muscular, condição que exigia o uso de uma cadeira de rodas. No entanto, Gypsy conseguia andar normalmente.
Em seguida, Dee Dee alegou que a filha foi diagnosticada com leucemia, a levando a raspar os cabelos da filha e a justificar a necessidade de uma alimentação por sonda. As atitudes da mãe eram tão convincentes que médicos e familiares acreditaram na história e confirmaram os diagnósticos com base nos sintomas produzidos.
Gypsy teria cometido o crime após perceber que era vítima de abuso mental e físico, além de estar passando pela preparação para outra cirurgia desnecessária.
A história, que chocou o mundo, foi contada pela série The Act, que chegou a ser premiada pela atuação de Patricia Arquette como Dee Dee Blanchard.
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