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Mulher que matou e tirou bebê da barriga de adolescente grávida será julgada

Emilly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, foi enganada pela autora do crime que fingia estar grávida.

Quatro suspeitos pelo crime foram presos.
Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de 9 meses, foi morta e teve o bebê arrancado do ventre, em Cuiabá, no MT (Reprodução/Redes sociais)

A mulher que matou a adolescente Emilly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, no nono mês de gestação, para roubar o bebê, irá a julgamento.

De acordo com o portal de notícias Aqui, a decisão é da 14ª Vara Criminal de Cuiabá e a data do julgamento ainda não foi definida.

Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nataly Helen Martins matou Emilly por asfixia e agiu de forma premeditada, com crueldade e sem chance de defesa da vítima.

Nataly vai responder por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.


A prisão preventiva da ré foi mantida e o pedido de exame de sanidade mental foi negado por falta de indícios.

A acusada chegou a simular uma gravidez por meses e pretendia ficar com o bebê. Ela também enganou familiares com exames falsos e fotos adulteradas.

Mais detalhes do crime

Em março de 2025, a vítima foi atraída pela assassina, que disse que a doaria algumas roupas para a criança. O crime foi descoberto depois que o casal tentou registrar o recém-nascido em um hospital da cidade. Além da dupla, outros dois homens foram presos.

Emilly saiu de casa na manhã de quarta-feira (12), no Bairro São Matheus, em Várzea Grande, dizendo que iria buscar uma doação de roupas. No trajeto chegou a mandar mensagens à mãe dizendo que estava em um carro de aplicativo, mas depois não deu mais notícias.

No dia seguinte, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, e o marido dela, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28, estiveram no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, tentando registrar um recém-nascido, alegando que eles eram os pais.

O fato causou estranheza, já que o parto não tinha sido realizado ali, e o caso foi denunciado às autoridades. Exames foram realizados na mulher e comprovado que ela não tinha dado à luz recentemente.

O casal foi detido e levado para a sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Durante uma revista feita na casa deles, localizada no bairro Jardim Florianópolis, os agentes encontraram o corpo de Emilly enterrado em uma cova rasa nos fundos do quintal.

Durante o interrogatório, a autora confessou o crime e afirmou ter agido sozinha.

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