A mulher que matou a adolescente Emilly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, no nono mês de gestação, para roubar o bebê, irá a julgamento.
De acordo com o portal de notícias Aqui, a decisão é da 14ª Vara Criminal de Cuiabá e a data do julgamento ainda não foi definida.
Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nataly Helen Martins matou Emilly por asfixia e agiu de forma premeditada, com crueldade e sem chance de defesa da vítima.
Nataly vai responder por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
A prisão preventiva da ré foi mantida e o pedido de exame de sanidade mental foi negado por falta de indícios.
A acusada chegou a simular uma gravidez por meses e pretendia ficar com o bebê. Ela também enganou familiares com exames falsos e fotos adulteradas.
Mais detalhes do crime
Em março de 2025, a vítima foi atraída pela assassina, que disse que a doaria algumas roupas para a criança. O crime foi descoberto depois que o casal tentou registrar o recém-nascido em um hospital da cidade. Além da dupla, outros dois homens foram presos.
Emilly saiu de casa na manhã de quarta-feira (12), no Bairro São Matheus, em Várzea Grande, dizendo que iria buscar uma doação de roupas. No trajeto chegou a mandar mensagens à mãe dizendo que estava em um carro de aplicativo, mas depois não deu mais notícias.
No dia seguinte, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, e o marido dela, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28, estiveram no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, tentando registrar um recém-nascido, alegando que eles eram os pais.
O fato causou estranheza, já que o parto não tinha sido realizado ali, e o caso foi denunciado às autoridades. Exames foram realizados na mulher e comprovado que ela não tinha dado à luz recentemente.
O casal foi detido e levado para a sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Durante uma revista feita na casa deles, localizada no bairro Jardim Florianópolis, os agentes encontraram o corpo de Emilly enterrado em uma cova rasa nos fundos do quintal.
Durante o interrogatório, a autora confessou o crime e afirmou ter agido sozinha.
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