Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um homem ateou fogo em um sofá, provocando um incêndio que matou quatro pessoas e feriu outras nove em um abrigo em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (10). Conforme a Polícia Militar, o autor, identificado como Leandro Rangel Vilela, de 42 anos, se desentendeu com um funcionário do local e agiu por vingança. Ele foi preso.
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O fogo no abrigo, localizado na Rua Sebastião Hummel, no Centro da cidade, começou por volta de 00h30. Segundo o Corpo de Bombeiros, 22 pessoas estavam no local, sendo que seis delas acamadas, sem a possibilidade de locomoção.
As quatro vítimas fatais já foram encontradas carbonizadas. Elas foram identificadas como Hélio Gonçalves, Márcia Aparecida, Regiane Soares e Moisés Felipe.
Já os nove feridos, entre eles um bombeiro, foram socorridos e levados ao pronto-socorro da Vila Industrial. Não há mais informações sobre o estado de saúde deles.
Prisão do suspeito
Conforme a PM, testemunhas relataram que viram um homem saindo do local às pressas, logo após o início das chamas. Assim, as imagens de câmeras de segurança foram analisadas e os agentes viram o suspeito fugindo em uma bicicleta.
Buscas foram iniciadas e logo Leandro foi encontrado e preso. Ele foi levado para a delegacia, onde foi autuado pelos crimes de incêndio criminoso, homicídio e homicídio tentado e permaneceu à disposição da Justiça. A defesa do homem não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
Em entrevista à página “Lifeinforma”, o coronel da PM Alain Kalczuk explicou como as chamas foram iniciadas.
“Um criminoso colocou fogo em um sofá, que estava na frente de um brechó, que faz parte desse asilo, e as chamas se alastraram. Das 22 pessoas que lá estavam, quatro foram a óbito. A Polícia Militar fez a visualização das imagens de câmeras de segurança e conseguiu identificar e efetuar a prisão dessa criminoso, o qual estava entorpecido, já tinha várias passagens criminais e foi apresentado à Central de Flagrantes, onde a prisão foi efetuada por incêndio criminoso, homicídio tentado e homicídio doloso”, detalhou.
A fundadora do abrigo, Andréa Laporta, disse que Leandro chegou a ser atendido no local por dois anos. Momentos antes de provocar o incêndio, ele tinha ido ao local apresentando sinais de estar sob o efeito de drogas.

