A onda de calor, também conhecida como ‘cúpula de calor’ ou ‘domo de calor’ é um fenômeno meteorológico que ocorre quando áreas de alta pressão têm ar descendente, comprimindo o ar no solo. As massas de ar quente se expandem verticalmente, criando uma cúpula de alta pressão que prende o calor embaixo, como a tampa de uma panela, por dias ou mesmo semanas, e atua também desviando outros sistemas, como as frentes frias, de acordo com meteorologistas da Metsul.
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Quando o sistema se instala em uma região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa as nuvens, e a combinação de sol forte e falta de cobertura de nuvens colabora ainda mais para aquecer o solo, criando um efeito de calor extremo.

Embora não seja incomum, pesquisas recentes indicam que o fenômeno está se tornando mais habitual e crescendo em duração e freqüência no Brasil e também no resto do mundo, fruto das mudanças climáticas causadas pelo homem no meio ambiente.
Essa nova onda de calor que assola boa parte do país deve ser uma das mais intensas dos últimos anos e deve bater os recordes históricos de temperatura para o mês de setembro, segundo análise dos especialistas, com temperaturas de até 45ºC antes da chegada da primavera no hemisfério sul, no dia 20.
De acordo com estudo do Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos, o calor extremo é mais mortal que outros desastres naturais, como furacões e tornados, no território norte-americano.
EM SP
De acordo com trabalho publicado pela revista Nature, mais de mil mortes ocorreram em São Paulo na onda de calor extremo que ocorreu em 2014, mais especificamente 1.296 mortes relacionadas a onda de calor que atingiu o estado naquele ano.
Efeitos
O calor extremo afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com comorbidades e pode causar problemas de saúde como desidratação, insolação, doenças cardiovasculares e respiratórias, problemas renais, estresse térmico e mudanças no estado mental das pessoas.