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Justiça absolve policiais pela morte de João Pedro no RJ; caso ocorreu há 4 anos

Jovem foi morto durante operação conjunta da PF e da Polícia Civil no Complexo do Salgueiro em maio de 2020;3 agentes foram absolvidos

Justiça absolve policiais pela morte de João Pedro no RJ; caso ocorreu há 4 anos
Justiça absolve policiais pela morte de João Pedro no RJ; caso ocorreu há 4 anos Imagem: arquivo pessoal

A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine absolveu, de forma sumária, os 3 polícias da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) pela morte de João Pedro, que ocorreu há 4 anos em São Gonçalo (RJ).

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De acordo com o g1, a família do jovem e o Ministério Público do RJ esperavam que os policiais fossem a júri popular.

Relembre o caso

João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morreu durante uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Civil, que ocorreu em 18 de maio de 2020.

O adolescente brincava em casa com os amigos quando os policiais chegaram atirando, segundo os familiares. A vítima foi atingida por um disparo de fuzil nas costas. Ele foi socorrido de helicóptero, mas não resistiu.

Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister eram réus por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e fútil e respondiam em liberdade.

O processo chegou à juíza em 29 de abril para decidir se os agentes iriam a júri popular. Contudo, a magistrada da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo entendeu que os 3 policiais agiram em legítima defesa. A decisão foi feira na terça-feira (9).

Durante a absolvição, a juíza disse que “após a análise das 3 peças técnicas, houve troca de tiros dentro da residência”.

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“Nessa linha de raciocínio (...), é imperioso entender que os policiais, à primeira vista, agiram sob um excludente de ilicitude, a saber: a legítima defesa. Assim, o reconhecimento da absolvição sumária dos réus se impõe.”

Neilton da Costa Pinto, pai de João Pedro, disse que vai recorrer à decisão.

“Não concordo com essa decisão da juíza. Não pode ser normal efetuar vários disparos dentro de um lar familiar, de pessoas de bem, e depois de 4 anos a Justiça achar que isso é normal. Os réus têm que ser responsabilizados pela Justiça.”

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