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Suspeito de matar psicóloga tem prisão preventiva decretada; vídeo registrou últimos momentos da vítima

Fabiana Veras, 42, foi amarrada e cortada; polícia diz que autor, que é servidor da Justiça, queria obter informações sobre ex-namorada

A Justiça do Rio Grande do Norte decretou a prisão preventiva do homem de 41 anos, apontado como o principal suspeito pelo assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, de 42 anos, na cidade de Assú. Ele, que é servidor do órgão, não confessou envolvimento no caso. Porém, a polícia diz que ele apareceu em imagens de câmeras de segurança e teria cometido o crime para obter informação sobre uma ex-namorada. O vídeo gravado na casa, onde a vítima também fazia atendimentos, mostra os últimos momentos dela com vida (assista abaixo).

A vítima foi encontrada morta na noite da última terça-feira (23), no bairro Dom Elizeu. Câmeras de segurança registraram quando ela recebeu o suspeito, por volta das 16h30 daquele dia. O homem chegou ao local encapuzado, usando máscara e luvas cirúrgicas. Ele também segurava uma maleta.

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As imagens mostram que ela abriu a porta para ele, eles conversaram brevemente e logo entraram no imóvel. Não é possível ver o que aconteceu em seguida, mas, 15 minutos depois, o suspeito deixou o local.

“Ela se espantou em relação à vestimenta, mas atendeu, levou ele, e depois a gente teve a imagem dele saindo com a mão cheia de sangue. E, com as imagens, a gente ficou sabendo do veículo que transportou ele”, afirmou o delegado Valério Kurten, que atendeu à ocorrência.

A polícia passou a apurar as imagens e descobriu que o suspeito contratou um carro de aplicativo para o levar de Natal, onde mora, até Assú, dizendo que tinha uma consulta com a psicóloga. O motorista que fez o transporte disse que recebeu R$ 500 pela viagem, mas negou qualquer envolvimento com o crime. Após ser ouvido, ele foi liberado.

Prisão

Após a identificação do suspeito, ele foi preso na quarta-feira (24), ao chegar a casa em que morava, em Natal. Os policiais e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) encontraram uma bolsa com três facas, duas soqueiras e uma pistola com sangue no carro do homem. Todo esse material ainda é analisado.

Outro item localizado, essencial para a investigação, foi um celular quebrado. Segundo a polícia, por meio do código de identificação, a perícia comprovou que o aparelho pertencia à vítima.

“O intuito dele, tudo indica, foi buscar esse celular [da Fabiana], que ele trouxe para Natal e destruiu, para pegar o conteúdo, para saber qual o tipo de relacionamento que tinha com a ex-companheira dele. O intuito dele era realmente ter informações da ex através da psicóloga”, explicou o delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Natal (DHPP), ao site G1.

O nome do suspeito não foi revelado, assim, não foi possível localizar a defesa dele até a publicação desta reportagem. O delegado ressaltou que o servidor age “com bastante frieza” e ainda não confessou envolvimento no crime.

Quem era a psicóloga?

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Fabiana atendia pacientes em uma clínica que ficava na mesma casa em que morava, em Assú. Além disso, fazia consultas nas cidades de Natal e Mossoró, além de telemedicina. Segundo o Conselho Regional de Psicologia da 17ª Região, ela era “especialista em atendimento clínico e hospitalar, com foco na nefrologia”.

O órgão também lamentou a morte da psicóloga. “Nosso agradecimento à Fabiana por sua passagem em vida, pelas suas contribuições e compromisso com a Psicologia.”

Nas redes sociais, além das questões profissionais, ela costumava mostrar sua rotina ao lado da família, passeios onde mantinha contato com a natureza, a prática de esportes radicais e sua paixão pelo fisiculturismo. Ela chegou a participar de competições da modalidade.

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