Na noite da última quinta-feira, dia 14 de março, uma mulher não identificada que estava em coma há 24 anos no Hospital da Polícia Militar, no Espírito Santo. ‘Clarinha’, como era conhecida, foi internada na unidade no ano 2000, quando foi vítima de um atropelamento no Centro de Vitória.
Conforme publicado pelo G1, quem confirmou a morte da paciente foi o coronel Jorge Potratz, médico responsável por cuidar da mulher durante todo o período em que ela permaneceu internada. Segundo informações, ela passou mal pela manhã e teve uma broncoaspiração.
O médico, que já é aposentado, manifestou tristeza por não ter conseguido “resolver o mistério de Clarinha”. Ele gostaria de encontrar a família da mulher para oferecer a oportunidade de aproximá-la novamente de seus familiares.
“É muito triste ter esse desfecho, mas temos que lembrar que Deus tem um propósito. Em um futuro vou entender tudo isso. Tentamos tornar a vida dela, que é tão difícil, com mais dignidade. É triste esse fim”, declarou o médico.
Relembre o caso
Clarinha foi atropelada pela equipe médica no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Tanto o local quanto o veículo envolvido no atropelamento não são exatos. Ela foi socorrida por uma ambulância e encaminhada ao hospital desacordada e sem qualquer documento que permitisse sua identificação.
Após o atropelamento, a mulher foi internada em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar, em Vitória. Durante todo o tempo em que permaneceu na unidade, Clarinha não recebeu a visita de amigos ou parentes que pudessem identificá-la.
Segundo o médico a escolha do nome ‘Clarinha’, que foi feita por ele, foi uma forma de facilitar a identificação da paciente na unidade. “A gente tinha que chamar ela de algum nome. O termo ‘não identificada’ é muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”.
Ainda segundo a publicação, a equipe médica que acompanhava o caso considerava o estado de Clarinha um “coma elevado”.
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