Uma jovem de 25 anos alega ter sido abusada sexualmente por um policial civil enquanto estava dentro da 12ª DP (Delegacia de Polícia) de Copacabana, no Rio de Janeiro. A vítima tentava registrar um BO (boletim de ocorrência) de agressão contra o ex-companheiro quando tudo aconteceu.
A Polícia Civil afastou o agente e abriu dois inquéritos – um na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) e outro na Corregedoria-Geral da instituição – para apurar a conduta do suspeito.
O caso teria acontecido na madrugada do último dia 4. Genilson Barbosa Bonfim teria ameaçado o ex-companheiro da jovem e condicionado sua soltura em troca de sexo.
A mulher teria negado e sido chantageada na sequência pelo policial, que teria dito que ela só deixaria a delegacia depois de transar com ele.
A vítima alega que foi levada para um quarto, onde diversas camisinhas estariam guardadas. Genilson teria usado uma arma para ameaçá-la.
Ainda de acordo com a jovem, o policial também a agrediu fisicamente durante a relação sexual, apertando seu pescoço.
O assédio não parou por aí. Depois que a mulher deixou a delegacia, o policial teria mandando mensagens a ela, elogiando suas partes íntimas.
BO e pedido de prisão
Horas depois do estupro, a vítima procurou a Deam do Centro do Rio de Janeiro e registrou um boletim de ocorrência. Depois, foi encaminhada para fazer exame de corpo de delito. De acordo com o laudo, há vestígios de violência por ação contundente, mas mais exames devem ser requeridos para comprovar a violência sexual.
A Deam pediu a prisão preventiva de Genilson. No entanto, o Tribunal de Justiça negou. O órgão informou que o processo corre em segredo de Justiça e não justificou a decisão.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro realiza a defesa do policial. Segundo o advogado Ricardo Monteiro, Genilson nega as acusações e possui ficha limpa durante a carreira.
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