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Eleições 2022: apoiadores do presidente eleito poderão ocupar a Avenida Paulista para celebrar, diz Justiça

Concentração poderá ocorrer a partir das 20h30, depois da oficialização do resultado do pleito

Bolsonaro e Lula disputarão o segundo turno das eleições 2022
Bolsonaro e Lula disputam o segundo turno das eleições 2022 (Reprodução)

A Justiça de São Paulo decidiu que os apoiadores do candidato eleito à Presidência da República no segundo turno das eleições, que será realizado no próximo domingo (30), poderão comemorar a vitória na Avenida Paulista. A ocupação, no entanto, só deve ocorrer a partir das 20h30, depois da oficialização do resultado.

Conforme a decisão do juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara de Fazenda Pública, publicada na quinta-feira (27), os eleitores ficam proibidos de fazer aglomeração no período de votação, que vai das 8h às 17h (no horário de Brasília).

Ele ressaltou que a medida atende a um acordo feito com grupos que apoiam os dois candidatos, que são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

“Decide-se no sentido de que, quanto à intenção de manifestação mediante ocupação da Avenida Paulista por entes ou movimentos na data de 30.10.22, depois do horário de votação, deverá dar-se conforme estritamente o resultado da eleição”, escreveu o magistrado na decisão.


Segundo turno das eleições

Neste domingo, os eleitores vão escolher entre Lula e Bolsonaro para o cargo de Presidente da República. Deve votar todo cidadão alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos. Idosos acima dessa faixa etária, além de adolescentes de 16 e 17 anos, têm voto facultativo, ou seja, votam se quiserem.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleitoras e eleitores que não votaram no primeiro turno podem votar no segundo, caso esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral. O órgão diz que cada turno de votação é uma eleição independente, e o não comparecimento à primeira etapa de votação não impede o comparecimento na segunda.

Debate

Antes do pleito, na noite desta sexta-feira (28), os candidatos terão uma última chance de apresentar suas propostas em um debate na TV Globo, a partir das 21h30.

No primeiro turno das eleições, que foi realizado no último dia 2, o petista teve 48,43% dos votos válidos, contra 43,20% do adversário.

Na ocasião, a candidata Simone Tebet (MDB) ficou em terceiro lugar na votação, com 4,16% e o pedetista Ciro Gomes teve 3,04% dos votos válidos. Os demais candidatos não atingiram individualmente 1% de votos válidos.

Perfil dos candidatos

Lula

Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, nasceu em Caetés, no interior de Pernambuco. Ele começou sua trajetória política na Grande São Paulo, onde, na juventude, trabalhou como metalúrgico. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e, em 1988, participou da Assembleia Constituinte.

Ele já foi eleito para a Presidência da República em dois mandatos, entre os anos de 2003 e 2010. Após sair do governo, ele foi investigado pela Operação Lava Jato e, entre 2018 e 2019, passou 580 dias preso.

No entanto, a condenação em questão foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, não tinha competência para tal julgamento e foi parcial na sua decisão.

Outros processos contra o ex-presidente Lula foram arquivados ou prescreveram.

Jair Bolsonaro

Jair Messias Bolsonaro, de 67 anos, nasceu em Glicério, no interior de São Paulo. Quando jovem, se mudou para o Rio de Janeiro, onde fez formação militar. Em 1989, ele deixou o Exército para se eleger vereador. Depois disso, ele foi deputado federal pelo estado seis vezes.

Em 2018, quando estava em campanha para o primeiro mandato como presidente, ele foi esfaqueado no abdômen em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Por conta do ataque, já teve de passar por várias cirurgias.

Naquele ano, foi eleito e assumiu a Presidência da República. Bolsonaro ficou um tempo sem legenda e se filiou ao Partido Liberal (PL) em 2021.

Seu primeiro mandato foi marcado por ataques aos ministros do STF, além de falas polêmicas e críticas em relação a atuação do político no enfrentamento à pandemia de covid-19. Agora, ele busca a reeleição para mais quatro anos.

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