A jornalista Ana Luiza Dias, conhecida como Luka Dias, foi agredida, torturada e mantida em cárcere privado pelo namorado por três dias em um apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro. A mulher, que sofreu diversas lesões, contou que teve que descer nove andares pela escada para conseguir escapar. “Acredito que ele realmente ia me matar”, destacou ela em relato ao jornal “O Globo”.
Luka Dias procurou a polícia para denunciar o namorado, Fred Henrique Lima Moreira. Com várias lesões, traumatismo craniano e fratura na mandíbula, ela precisou ficar internada até quarta-feira (4).
O agressor passou a ser procurado pela polícia e acabou preso na quinta-feira (5). Ele deve responder por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura.
Ciúmes
Luka relatou que o motivo das agressões era ciúmes e histórias inventadas pelo namorado. “Desde o início, ele demonstrou ser um homem muito ciumento e agressivo, pegando meu celular a toda hora para olhar minhas conversas no WhatsApp e em outras redes sociais”, contou ela.
“Ele criava coisas da cabeça dele, como um maluco, um psicopata. E me atacava: me chamava de feia, chata, gorda, burra, fedorenta. Dizia que nunca conheceu uma mulher mais estúpida que eu”, continuou.
Apesar do comportamento agressivo do namorado, a jornalista disse que acabava sempre o desculpando por dó.
“Durante todo o tempo em que passávamos juntos, ele entrava na minha mente de alguma forma. Apesar de ser agressivo, me contava uma história muito triste da vida e da família dele e eu acabava o desculpando, por achar que ele fazia isso por causa do sofrimento que passava. Ele dizia passar muito bullying por ser gordo e que a mãe o espancava. Hoje, depois de tudo que me aconteceu, vejo que o perdão que dei me ferrou e me levou a quase morrer. Acredito que ele realmente ia me matar!.”
No apartamento em que Fred Henrique foi encontrado, os policiais da 12ª DP apreenderam um bastão retrátil, um soco inglês e uma réplica de pistola. Ao ser ouvido, o homem preferiu permanecer calado.
De acordo com a polícia, ele já tinha passagens por violência doméstica, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e ameaça.
Agora, a jornalista conta que tenta se recuperar do trauma sofrido. “Minha família está muito assustada e estou fazendo acompanhamento com psiquiatra e psicólogo”, relatou.
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