Os empregos formais mostraram início de reação econômica do país no primeiro semestre, com saldo positivo em 1,5 milhão de vagas.
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Os dados se referem aos postos com carteira assinada registrados nos sistemas do Ministério da Economia e computados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O balanço do primeiro semestre divulgado ontem com o fechamento de junho mostram que no período foram 9.588.085 admissões e 8.051.368 desligamentos. A quantidade de contratos de trabalho formais ativos em junho alcançou 40,8 milhões.
É importante lembrar que o levantamento é diferente do realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que computa também os trabalhadores informais e realiza entrevistas em todo o país para calcular a taxa de desemprego do país. A última pesquisa realizada pelo instituto aponta desemprego recorde de 14,8 milhões de pessoas até abril, apesar de desaceleração da taxa.
O Ministério da Economia esclarece também que o Caged passou por mudanças de metodologia em janeiro do ano passado, por tanto não é correto comparar o dado de agora com o de meses anteriores a isso.
O avanço na geração de emprego formal, de qualquer forma, foi visto ontem por economistas e o próprio governo como importante sinal de retomada. Entre os setores que mais geraram postos estão serviços (631 mil), indústria (340 mil) e comércio (234 mil), que são também os mais afetados por medidas de restrições por conta da pandemia de covid-19. “O Brasil continua no rumo certo, com vacinação em massa para garantir o retorno seguro ao trabalho, com a geração de novos empregos”, avaliou o Ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em seu primeiro dia como secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, após a criação da pasta, Bruno Bianco lembrou que o desafio é incluir os informais nesta retomada. A meta, de acordo com ele, é que praticamente todo o trabalhador chegue ao fim de 2022 na formalidade. “Todos os trabalhadores terão uma caixinha dentro de uma formalização no Brasil. Os empregados formais na CLT e os empregados informais em novas formas de contratação, mais simples, menos burocráticas e com absoluta segurança jurídica”, afirmou.
Outro dado trazido pelo Caged é redução do salário médio dos admitidos em junho em R$ 1,59, com variação negativa de 0,09%, alcançando R$1.806,29.