O medicamento mais efetivo no combate ao tabagismo, está em falta no Brasil. Segundo a Pfizer, laboratório responsável pelo Champix, o problema, que começou durante a pandemia de Covid-19, vai durar pelo menos mais um ano.
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Por causa da necessidade de adequação a novas normas regulatórias, a forma como o medicamento é importado teve de ser alterada.
Usuária contínua do Champix, Rogéria Gonçalves, assessora municipal da prefeitura de Bragança Paulista, teve de interromper o tratamento para parar de fumar.
Agora, ela não sabe como e quando irá retomá-lo: «Caiu como uma bomba essa falta de remédio e não tenho como fazer a manutenção do tratamento», disse.
Doutora em cardiologia pela faculdade de Medicina da USP e diretora do programa de tratamento de tabagismo do Incor, Jaqueline Scholz alerta sobre as complicações que a ausência do Champix pode causar.
«Não ter Champix neste momento de pandemia é muito complicado. Fumar com Covid-19 aumenta risco de entubação e desfecho desfavorável.»
De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, cerca de um terço dos fumantes aumentou o consumo de tabaco durante a pandemia.