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Autoridades mexicanas anunciaram na noite de segunda-feira a prisão de quatro membros de uma quadrilha envolvida no sequestro de dezenas de estudantes que desapareceram no mês passado e podem ter sido assassinados.
O anúncio aconteceu após a mídia local ter relatado que uma cova comum foi descoberta em um lixão ao lado da cidade de Cocula, que fica perto de Iguala, no Estado sulista de Guerrero, onde 43 estudantes desapareceram após terem sido parados pela polícia e por homens mascarados em 26 de setembro.
O procurador-geral do México, Jesus Murillo, disse que quatro membros do cartel Guerreros Unidos estavam envolvidos no sequestro. O caso levou a protestos nacionais e colocou em dúvida as alegações do presidente Enrique Peña Nieto de que o país está se tornando mais seguro sob seu mandato.
“Hoje temos aqueles que organizaram o desaparecimento destes jovens”, disse Murillo.
O procurador não deu detalhes sobre os relatos da imprensa sobre outra vala comum, mas disse que os suspeitos identificaram a cena do crime onde repórteres seriam levados nesta terça-feira.
O procurador disse anteriormente que o prefeito de Iguala e sua esposa foram os prováveis mandantes do desaparecimento e ordenaram que forças policiais locais evitassem que os estudantes interrompessem um evento político que lançaria a primeira-dama da cidade como candidata a suceder o marido no cargo.
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A perícia forense ainda está analisando dezenas de corpos encontrados em covas perto de Iguala, mas até agora nenhum dos estudantes foi encontrado.
Cerca de 100 mil pessoas já morreram na violência relacionada a cartéis desde o começo de 2007 no México.