O Brasil é um país muito diversificado, com diversas culturas, costumes e também modos de falar. Isso acontece devido a mistura de um país de tamanhos continentais, que possui indígenas, pessoas escravizadas vindas da África e europeus. Essa mistura também causou os diferentes sotaques, que se misturaram e se transformaram em métodos diferentes de comunicação em grupos específicos.
De acordo com o site Megacurioso, o sotaque ocorre por três motivos: população nativa do local, os povos migratórios que foram para lá e a influência dessas migrações na forma de fala das pessoas. Ao nos referir aos sotaques, pensamos em maneiras diferentes de cadenciar as palavras, a formação de novos termos e fonemas e a consolidação de expressões locais.
Veja a seguir 5 sotaques brasileiros e sua origem.
Sotaque ‘caipira’
Um dos sotaques brasileiros mais conhecidos é o caipira, que normalmente enfatiza a letra R (porrrrta, verrrrrde, etc). O sotaque é tipo no interior de São Paulo e retiros como Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina.
Segundo o site, o sotaque nasceu pois os ovos indígenas tinham dificuldades de pronunciar o R, além de outros fonemas, como F, do L e o LH também do “LH”, transformando palavras como “palha” em “paia” é assim por diante.
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O choque dos imigrantes portugueses com as falas indígenas ocorrem até hoje, com a troca do R pelo L ainda acontecendo: “falta” virou “farta” e frecha” ao invés de “flecha”.
Sotaque paulista
Alguns paulistas insistem em dizer que eles não possuem sotaque, mas eles possuem sim um jeito próprio de fala.
“No fim do século XIX, São Paulo abriu as portas para os imigrantes. Mais de 1,5 milhão de italianos chegaram na cidade e ajudaram a construir o sotaque paulista. Bairros como Mooca, Brás e Bixiga, com forte presença desta população, criaram um sotaque carregado e com um R mais vibrante (pense, por exemplo, naquele “ôrra, meu” do Faustão)”, diz o Megacurioso.
Rio de Janeiro
Um sotaque bem marcante é o do Rio de Janeiro, com o R e o S possuindo sons diferentes, em razão da chegada da corte de Portugal em 1808. Foram 15 mil portugueses que vieram para o Rio, contribuindo com o modo de fala carioca.
Na época, o R era pronunciado da mesma forma que os franceses. A nobreza ‘imitava’ o sotaque e enfatizava o R e fazia o S soar próximo ao SH ou X, transformando ‘Lisboa’ em ‘Lishboa’.
Região sul
Enfatiza a letra E no final das palavras é comum na região de Curitiba e de parte dos paranaenses.
“Isto aconteceu por questões geográficas. Curitiba, por exemplo, era um intenso polo de atração de imigrantes no século XIX”. Na cidade, havia forte presença da população indígena, pessoas escravizadas, imigrantes italianos, ucranianos e poloneses, além de tropeiros que utilizam o local como rota. Os ucranianos e poloneses possuíam poucas vogais nas palavras, logo os imigrantes começaram a letra E afim de serem entendidos.
Influências europeias e africanas no Nordeste
No Recife o R também é bastante focado, lembrando heranças das invasões holandesas na cidade no século XVII.
“Outro elemento histórico que influenciou fortemente os sotaques foi o ciclo do açúcar no Brasil no século XVI. Os engenhos, muitos deles situados em estados do Nordeste, levaram uma grande população de africanos escravizados para estes locais. Eles carregaram consigo sua rica bagagem cultural, o que ajudou a formar os sotaques nos lugares onde estavam”.
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