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Corrupção e queda: explicação não convence presidente da Lusa

Lico diz desconfiar de pelo menos uma das pessoas que deveriam ter avisado a Portuguesa sobre a suspensão de Héverton, contra o Grêmio | Wagner Meier/ AGIF/ Folhapress
Lico diz desconfiar de pelo menos uma das pessoas que deveriam ter avisado a Portuguesa sobre a suspensão de Héverton, contra o Grêmio | Wagner Meier/ AGIF/ Folhapress

As suspeitas de que alguém da Portuguesa tenha se corrompido no chamado “Caso Héverton”, conforme afirmou o promotor do Ministério Público de São Paulo, Roberto Senise, à Rádio Bandeirantes, não chegam a ser uma surpresa total para o presidente do clube, Ilídio Lico. Em contato com o Portal da Band, o dirigente diz que conversou informalmente com cinco funcionários da Lusa e que pelo menos um deles não o convenceu.

“Questionei algumas pessoas que trabalham no clube, que tinham a obrigação de saber se o Héverton tinha condições de jogar, e uma delas, principalmente, não me convenceu”, declarou Lico, sem especificar quem são esses funcionários, mas afirmando que algumas delas prestaram depoimento ao MP e que são todos remunerados.

“Eu não quero julgar ninguém. Não tenho prova de nada. Mas não digo que houve nem que não houve (corrupção). O promotor é um homem competente, ouviu as pessoas e deve estar chegando a uma conclusão”, afirmou o presidente.

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Lico garante que uma das pessoas com quem não conversou foi o advogado Osvaldo Sestário, que representou a Portuguesa no julgamento de Héverton e, segundo as primeiras versões da diretoria na época, não avisou ao clube sobre a pena. Mas o dirigente é duro ao falar sobre Sestário. “Não conheço o Sestário e não teria prazer nenhum em conhecê-lo”, diz Lico.

O cartola afirma que, por enquanto, não tem notícia de uma mobilização do Conselho Deliberativo para apurar o que ocorreu entre o julgamento do jogador e a última rodada do Brasileirão, mas aguarda o fim da investigação do MP para tomar uma atitude. “Vamos avaliar antes de fazer qualquer coisa. Temos que saber o que aconteceu. Isso é normal. Somos dirigentes e queremos saber o que aconteceu”, afirmou.

Após a revelação dos indícios de favorecimento indevido na Lusa, o presidente reforçou a posição de não jogar a Série B.

“A Portuguesa tem os direitos dela. Vamos lutar com unhas e dentes para a Lusa jogar a Série A. As coisas estão bem encaminhadas”, diz Lico, sem especificar se espera jogar um Brasileirão com 20 clubes, e sem o Fluminense, ou com 24, salvando todos os rebaixados.

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