O ator George Clooney entrou em contato no mês passado com os principais conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as críticas do presidente em relação ao pedido do Tribunal Penal Internacional (TPI) para deter o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, assim como os líderes do Hamas por cometerem crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza. Este é um processo judicial no qual a esposa de Clooney, Amal, que é advogada de direitos humanos, trabalhou.
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De acordo com o jornal americano The Washington Post, o ator veterano teria entrado em contato com a Casa Branca em maio e o interlocutor foi Steve Ricchetti, conselheiro do presidente.
O que George Clooney disse aos assessores do presidente Joe Biden a respeito de seus comentários sobre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu?
O jornal americano, que cita fontes anônimas de três pessoas familiarizadas com o assunto, afirma que o protagonista de ‘Up in the Air’ expressou ao conselheiro presidencial sua preocupação com as críticas de Biden às ordens de prisão solicitadas pelos promotores de Haia.
Segundo as fontes, o intérprete teria enfatizado o fato de que o presidente democrata havia rotulado essas ordens como “escandalosas”. Clooney também ficou aborrecido com a intenção da Administração dos Estados Unidos de impor sanções ao órgão internacional, já que sua esposa participou ativamente da elaboração dos relatórios que provocaram as ordens de prisão e poderia ser afetada por elas.
“A ordem de prisão dos líderes israelenses é escandalosa”, afirmou Biden na época, em um comunicado: “Deixe-me ser claro: independentemente do que este promotor possa implicar, não há equivalência entre Israel e Hamas. Estaremos sempre ao lado de Israel contra as ameaças à sua segurança”. Mais tarde, a Casa Branca disse que as sanções contra o tribunal internacional “não eram a resposta correta”, enquanto confirmava que trabalhariam em outras formas de limitar o órgão penal.
Amal Clooney, parceira do ator, é uma advogada de direitos humanos renomada há mais de 20 anos, e foi membro do painel de juízes que assessorou o Tribunal Penal Internacional no conflito de Gaza.