O Grêmio voltou à disputa do Campeonato Brasileiro. Que bom. Tomara agora que a direção e a comissão técnica acertem a estratégia. Não é necessário abdicar da competição nacional e entregá-la ao Corinthians para que o título da América seja alcançado. As duas competições não são excludentes. Chega de colocar equipes completamente reservas em campo. O único time capaz de ameaçar o líder paulista é o Grêmio. Portanto, à disputa, Renato!
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Não estou anunciando aqui que o Grêmio será campeão brasileiro e que está fácil desbancar a campanha do Corinthians. Mas todos nós sabemos que a pontuação do líder estava fora da curva e, em algum momento, entraria na realidade. Pois a equipe corintiana empacou, passou a acumular tropeços contra os pequenos da tabela e corre o risco de perder o título que parecia nas mãos. A ameaça tricolor é real. Não é uma barbada tomar esse primeiro lugar e nem é assim tão provável. Mas o Grêmio precisa ter essa ambição. Mais dois tropeços com o Grêmio pontuando bem, e a diferença some. E quando os dois times estiverem embolados, Renato saberá atropelar Carille, na pressão de uma vantagem que era enorme e terá se esvaziado.
Claro, a Libertadores é a prioridade. Mas não há necessidade de abandonar o Campeonato Brasileiro. Titulares na competição nacional como regra. E, em datas próximas aos confrontos do torneio continental, uma equipe mista, bem reforçada, suficiente para somar pontos. A diferença já poderia ser bem menor, não fossem algumas escolhas equivocadas de Renato, com respaldo e anuência da direção.
O Grêmio tem que disputar o título do Campeonato Brasileiro. Sua grandeza exige isso. E o grupo de jogadores é completo e bem servido o suficiente para encarar a competição, sem arriscar a sequência na Libertadores.
RENOVAÇÃO – Não há dúvidas de que o Inter deve renovar o contrato com D’Alessandro, um dos melhores jogadores da temporada 2017 no clube. Quando retornou, seus críticos indicavam que ele não jogaria fora de Porto Alegre e conseguiria estar em campo em “pedaços de partidas”. Engano completo. O argentino mostra ainda força o suficiente para liderar o time dentro de campo e levá-lo de volta à Série A. Talvez o contrato precise sofrer alguma adequação. Mas a presença de D’Alessandro em 2018 é garantia de um time envolvido com os objetivos do clube.
Aliás, o arrependimento de quem, de forma incompetente, decidiu mandar o capitão embora do clube, num empréstimo muito mal explicado ao River Plate, deve ser enorme. Piffero, Affatato e Pellegrini, mais alguns assessores menos representativos, tomaram essa decisão equivocada, de consequências terríveis para o clube. Com D’Ale aqui o vexame do rebaixamento seria evitado e estes dirigentes seriam rotulados apenas de incompetentes. Não estariam definitivamente afastados da vida do clube.