Eu o conheci, primeiro, como peladeiro, para, depois, tomar conhecimento do seu enorme talento jornalístico. Jorge Nunes nos deixou na semana passada e ficou uma lacuna naquele estilo próprio de comunicação. Coloquial, direta, totalmente identificada com o povão. Quando ouvia o Jorginho, me lembrava do Chacrinha. O Velho Guerreiro sempre me falava que, para fazer sucesso, não é preciso ser o melhor. Basta ser diferente. E, a exemplo do Chacrinha, Jorge Nunes era diferente. Vai fazer falta no rádio esportivo, porque tinha um estilo próprio, sem se preocupar em rebuscar palavras na hora dos comentários. Merecia mais homenagens do que aquelas prestadas pelos seus companheiros. Saudade do Jorginho!
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Dias atrás, caminhando nas areias da Barra, encontrei o Juninho Pernambucano surfando. E ele me confessou que gostaria de continuar jogando, porque lhe dava alegria. Mas, como o corpo começou a sentir, a gente tem que entender a decisão de parar. Somente por ser um profissional correto, disciplinado, é que o Reizinho conseguiu jogar em alto estilo até os 39 anos. Fosse da balada, teria deixado uma imagem triste na memória do torcedor vascaíno. Quando estive em Lyon, constatei que o prestígio dele, na França, consegue ser maior do que tem junto à galera vascaína. O clube francês só conseguiu conquistar 7 títulos em 9 anos após a chegada do Juninho. Um exemplo a ser seguido pelos mais jovens.
Não concordo com os botafoguenses mais pessimistas. Acho que o Botafogo de hoje nada tem a ver com aquele time ridículo de domingo. O Eduardo Hungaro conhece bem o elenco e não vai queimar os garotos numa Libertadores. Nada impossível uma vitória por diferença de dois gols, e, cá pra nós, o Deportivo Quito é um time fraquinho. Estou acreditando.
Dois craques diferenciados estão de aniversário hoje. Neymar completa 22 anos e o Cristiano Ronaldo faz 29. Como diria o saudoso Luiz Mendes, os Deuses da Bola sabem o que fazem…
Cresce o movimento em favor da convocação do Brocador para a Seleção Brasileira. Não acho nada absurdo. O cara é matador, e o Felipão anda meio preocupado com a bola que o Fred está jogando. O Hernane não é um artista da bola, mas os gols que tem marcado e a sua movimentação no campo já justificariam a chamada para vestir a amarelinha. Garanto que, se tiver uma chance, não vai decepcionar .
José Carlos Araújo escreve às quartas-feiras no Metro Jornal do Rio de Janeiro. É também comunicador das rádios Bradesco Esportes e Bandnews FM e apresentador do “ Donos da Bola “, na tela da Band.