Desde que renomeou o Facebook para Meta, Mark Zuckerberg parecia determinado a fazer com que passássemos nosso tempo imersos em óculos de realidade virtual. Mas o metaverso hoje parece mais um experimento de laboratório do que o futuro da internet.
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Agora, o CEO deixou claro que seu próximo grande objetivo não são universos digitais, mas sim construir um assistente de IA tão íntimo e personalizado que se torne seu parceiro de vida — ou pelo menos seu melhor assunto de conversa. Isso foi revelado em vazamentos recentes do The Verge.
Adeus produtividade, olá diversão
De acordo com uma confissão interna do gerente de produto Chris Cox, o Meta não tem intenção de competir diretamente com o ChatGPT ou o Gemini na luta pela produtividade no local de trabalho.
Enquanto a OpenAI, a Anthropic e a Google aprimoram sua IA para redigir e-mails e programar planilhas, a Meta se concentrará em transformar cada minuto livre em uma experiência “mais divertida e social”, aprimorando os Reels com filtros gerados por IA, criando avatares hiper-realistas e refinando a personalização de anúncios para que pareçam memes personalizados.
Superinteligência pessoal: a nova palavra da moda
O conceito de “superinteligência pessoal” não nasceu na Meta, mas na Character.AI, liderada por Noam Shazeer.
Mas Zuckerberg o adotou como seu carro-chefe estratégico: sua visão é uma IA que aprende tudo sobre você — gostos, hábitos, sonhos estranhos — e usa esse perfil para sugerir planos, criar conteúdo e até mesmo conectar você a novos amigos.
Em vez de construir um mundo virtual, a Meta quer construir um “você aumentado”, capaz de multiplicar sua criatividade e conexões sociais.
Grandes contratações: quem disse “talento”?
Para concretizar esse plano ambicioso, a Meta está investindo tudo (e na garagem, e na piscina): pacotes multimilionários com cláusulas generosas de “pague adiante ou você receberá seu dinheiro de volta” para contratar engenheiros da OpenAI e do Google.
Nem todos estão a bordo, mas o burburinho no setor é inegável. Alguns executivos brincam que a Meta poderia quase comprar metade do Vale do Silício com o que está disposta a investir.
Será este o fim definitivo do Metaverso?
Embora o Meta ainda mantenha projetos de realidade virtual e aumentada sob a égide do Horizon, sua prioridade agora é desenvolver ferramentas de IA tão viciantes quanto seus aplicativos de mídia social.
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O novo manifesto de Zuckerberg deixa claro que o metaverso, pelo menos por enquanto, é um capítulo encerrado: a próxima grande guerra será para ver quem consegue transformar seu smartphone (ou seus próximos óculos inteligentes) em seu melhor amigo digital. E nessa batalha, o Meta está dando tudo de si... será o suficiente para ofuscar os reis da IA?

