Parece que a Nokia tem mais vidas do que um gato... mas, desta vez, as perspectivas não são boas. A HMD Global — empresa que administra a marca há anos — confirmou que reduzirá significativamente sua presença nos Estados Unidos, o que inclui a interrupção da venda de aparelhos Nokia.
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Em declarações ao The Verge, eles explicaram que o atual ambiente geopolítico e econômico é, em poucas palavras, uma dor de cabeça. E sim, isso inclui tarifas, regulamentações e outros ingredientes que dificultam a receita do sucesso para muitos fabricantes de tecnologia.
A loja já se despediu (pelo menos por enquanto)
Uma rápida visita ao site da HMD revela o que muitos temiam: a loja online não permite mais compras. Os botões para comprar produtos simplesmente desapareceram. No entanto, eles prometem que continuarão a honrar as garantias e o suporte técnico para aqueles que ainda têm um telefone em uso. Em seu comunicado oficial, a HMD declarou:
“Nossa prioridade é garantir uma transição tranquila para nossos clientes e parceiros (...) Continuamos focados no crescimento de longo prazo em áreas-chave como família, segurança e microfinanças.”
Um foco bastante distante das vendas de celulares, se assim posso dizer.
Nokia: a marca que nunca acaba
Para entender essa nova despedida, precisamos olhar para o passado. Em 2016, a HMD resgatou a divisão de celulares da Nokia, adquirida pela Microsoft em 2014. O plano: licenciar o nome Nokia e oferecer smartphones de gama média com um toque nostálgico e acessível.
A iniciativa teve o seu charme... mas não decolou como esperavam.
O curioso é que muitos dos fundadores da HMD eram ex-executivos da Nokia, então, no fundo, o DNA original ainda estava presente. Eles até tentaram lançar dispositivos com a sua própria marca, como o HMD Skyline ou o HMD Fusion, mas estes também parecem estar a desaparecer do radar.
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E agora?
Se você quiser comprar um Nokia (um dos novos), provavelmente terá que procurar em lojas de terceiros ou, com sorte, em alguma prateleira esquecida. Haverá uma ressurreição no futuro? Talvez. Mas, por enquanto, a Nokia está mais uma vez se despedindo do grande palco, e desta vez a cortina parece cair com mais força do que nunca.

