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Justiça condena pais que permitiram filha bailarina atingir peso crítico de 27 quilos

Caso de jovem desnutrida em nome da dança provocou a condenação dos pais por negligência

Justiça julga pais por negligência após jovem bailarina sofrer com extrema desnutrição
Justiça julga pais por negligência após jovem bailarina sofrer com extrema desnutrição Foto: Reprodução/District Court of Western Australia

Um casal australiano foi condenado por negligência após permitir que a filha, uma bailarina adolescente, chegasse a pesar apenas 27 quilos. O caso, julgado em um tribunal de Perth, na Austrália, revelou que os responsáveis falsificaram a idade da jovem para que seu peso fosse considerado adequado à sua suposta faixa etária.

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A decisão judicial veio no fim do mês passado e gerou grande repercussão no país. A jovem, que atualmente tem 20 anos, implorou pela liberdade dos pais durante o julgamento, demonstrando apoio incondicional a eles, mesmo diante das acusações. O tribunal, no entanto, entendeu que houve omissão e exposição da adolescente a riscos graves, o que levou à condenação do casal.

Casos como esse evidenciam o impacto da pressão estética na vida de jovens atletas e artistas. Em modalidades como balé, há uma exigência rigorosa em relação ao corpo, o que pode levar a distúrbios alimentares e outras complicações de saúde. Especialistas alertam que a busca por padrões irreais de magreza pode gerar consequências físicas e emocionais severas, especialmente quando há incentivo ou conivência dos próprios familiares.

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Ainda de acordo com a CNN, a falsificação de documentos para mascarar o problema foi um dos fatores que mais pesaram contra os pais no julgamento. A promotoria argumentou que a atitude demonstrou intenção clara de esconder a real situação da jovem, prolongando o sofrimento e dificultando qualquer intervenção médica.

“Este não é um caso sobre uma bailarina desnutrida”, disse a juíza. “Vocês isolaram a sua filha, vocês a impediram de crescer, vocês a impediram de se desenvolver da maneira que ela tinha direito. Vocês a mantiveram como uma garotinha muito além da idade em que ela deveria ter”, disse a juíza Linda Black.

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