Um levantamento realizado pelo Pew Research Center revelou que grande parte da população brasileira acredita que a Bíblia deve influenciar as leis do país. O estudo, conduzido em 35 nações, buscou entender a percepção da sociedade sobre a relação entre religião e legislação, considerando o contexto religioso de cada localidade.
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Em países predominantemente cristãos, como Brasil, Estados Unidos e México, a pesquisa avaliou a influência da Bíblia. Já em países de maioria muçulmana, como a Tunísia, a consulta foi feita com base no Alcorão. Os resultados mostram uma clara diferença de pensamento entre nações com diferentes níveis de desenvolvimento econômico.
Influência religiosa varia conforme a renda dos países
A pesquisa apontou que, em países de renda média, como o Brasil, a maioria da população acredita que textos religiosos devem ter um papel significativo na legislação. Para muitos entrevistados, a fé tem grande influência na vida cotidiana e, consequentemente, deveria estar presente na formulação das leis.
O estudo também indicou que, em caso de conflito entre a vontade popular e os ensinamentos religiosos, uma parcela dos participantes defende a prevalência dos textos sagrados. Além disso, muitos afirmam que a influência da religião nas leis já é uma realidade em seus países.
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Por outro lado, em nações de alta renda, como França e Suécia, a maioria dos entrevistados rejeita a ideia de que leis devem ser moldadas por crenças religiosas. Nesses locais, os textos sagrados têm pouca ou nenhuma influência sobre a legislação, refletindo um cenário mais secular.
No Brasil, os números reforçam a ligação entre religião e política. Segundo o estudo, 58% dos cristãos acreditam que a Bíblia deve ter grande influência nas leis, enquanto entre os não religiosos esse número cai para 34%.
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A pesquisa também analisou Israel, onde 19% dos judeus e 5% dos muçulmanos defendem que textos religiosos deveriam influenciar a legislação nacional. Entre os judeus ultraortodoxos, essa porcentagem chega a 52%.
Esses dados demonstram como diferentes sociedades percebem a interseção entre fé e governo, e como essa relação pode variar conforme aspectos culturais e socioeconômicos.
Fonte: Site Guiame