“Olá, estou procurando uma namorada de 14, 15 ou 16 anos em Bogotá,” este é um dos muitos milhares de mensagens que foram identificadas pela Direção de Investigação Criminal e Interpol da Colômbia, em coordenação com a Fiscalía e com o apoio do Escritório de Investigações de Segurança Nacional (HSI) dos Estados Unidos e que levou à prisão de 185 pessoas acusadas de crimes relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes no país, incluindo um influenciador.
A informação fornecida pelas autoridades indica que as detenções ocorreram em Bogotá e Medellín, em municípios do Valle del Cauca, Cartagena, Cali e vários municípios de Antioquia, Meta, Arauca, Atlántico, Guajira, Guaviare e Putumayo, informaram os meios de comunicação locais.
"Esta ação investigativa e operacional permitiu concretizar 22 diligências de busca e apreensão com a coleta e apreensão de mais de 3.292 arquivos de imagens e vídeos com conteúdo de abuso sexual infantil, dispositivos de armazenamento em massa, incluindo discos rígidos, pen drives, smartphones e computadores que foram analisados por peritos e investigadores do Laboratório Forense de Cibercrime Infantil 'Yuliana Samboní'", afirmaram as autoridades.
Os detidos, de acordo com as investigações, dinamizavam essas atividades criminosas e foram identificados pelo Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos (NCMEC).
Sobre o influenciador capturado
Finalmente, o alias Hunter foi capturado no município de Cajicá (Cundinamarca). Este homem tinha mais de 28 alertas internacionais por consumo e distribuição de conteúdo com abuso sexual de crianças e adolescentes pela internet.
De acordo com a pesquisa, ele atuava como segurança e em seu tempo livre era fotógrafo amador e criador de conteúdo digital. Esta pessoa teria postado mais de 2.620 imagens e vídeos desse tipo.
Durante a investigação, foi possível verificar que ele era membro ativo de vários fóruns da internet nos quais faziam uso do manual do pedófilo e também participava de grupos e chats nos quais fazia compras virtuais de um pacote de 150 vídeos de abuso sexual de crianças por outros homens, pelo valor de US$80.