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Cobra sucuri gigante que viralizou em vídeo é encontrada morta

O animal foi encontrado morto com marcas de tiro às margens do Rio Formoso, em Bonito.

Anaconda
Representação (Reprodução / X - antigo Twitter)

Imagens de uma sucuri sem vida às margens do rio Formoso, em Bonito (MS) ganharam as redes nos últimos dias. A cobra, que tinha quase 7 metros de comprimento, ficou famosa ao ser registrada nadando lado a lado com o biólogo holandês Freek Vonk. Segundo publicado pelo G1, a morte da cobra causou uma grande comoção entre biólogos e documentaristas da vida selvagem.

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Conforme a publicação, a cobra em questão era conhecida dos pesquisadores de vida selvagem da região e tinha até mesmo um nome: Ana Júlia. A denúncia da morte da sucuri foi feita pelo documentarista Cristian Dimitrius por meio de suas redes sociais.

A identificação da cobra pode ser realizada por meio das manchas espalhadas por seu corpo, sendo que este padrão forma um tipo de “impressão digital”, que torna possível diferenciar os animais desta espécie.

“Comparei as marcas do rosto, que são como impressões digitais. Ela deve ser a sucuri mais famosa do mundo, totalmente emblemática para a região. Imagens com a serpente já rodaram o mundo”, revela.

Crime ambiental

Segundo informações da Polícia Militar Ambiental, ainda não aconteceu uma denúncia formal sobre a morte da cobra, o que impede a realização de uma investigação a respeito de um possível crime ambiental e de maus-tratos.

O animal teria sido encontrado às margens do rio com um marcas de tiro que resultaram em sua morte. Em publicação, o documentarista desabafou: “Hoje recebi a notícia de que a sucuri foi morta a tiros e seu corpo foi encontrado boiando no rio Formoso. Que tristeza, que raiva! Quem teria feito um absurdo destes?”.

Cristian ainda revela que a cobra Ana Júlia apareceu em diversos registros feitos nos últimos 10 anos, protagonizando reportagens do G1, documentários internacionais e diversos outros tipos de conteúdo.

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“Tive o privilégio de fotografar esta sucuri ano passado pela última vez. Agora está morta, sinto mistura de revolta e tristeza, raiva também”, desabafou.

Segundo a bióloga e especialista em sucuris Juliana Terra, a cobra em questão era uma sucuri verde, espécie que tem suas fêmeas consideradas como um “topo de cadeia”, ou seja, como animais que podem controlar as populações e presas, balanceando o ecossistema.

“Era um animal adulto e saudável, teria ainda pela frente provavelmente muitos eventos reprodutivos para contribuir para a perpetuidade da população de sucuris da região, ela era um símbolo também, conhecida localmente e pelos turistas já que costumava ficar descansando no barranco do rio onde passa o passeio de bote”, declara Juliana.

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