A família de Alexander Orjuela vive um enigma doloroso desde 20 de janeiro, quando o que parecia ser uma simples consulta para gastrite se transformou em um pesadelo que o deixou em coma e sem perspectivas de retorno a uma vida normal. Este engenheiro de 45 anos foi internado na sala de emergência, com uma forte dor de estômago, decorrente de um caso crônico de gastrite.
O processo de atendimento, desde o triagem até as intervenções médicas, foi manchado pelo que a família denuncia como negligência médica e procedimentos inadequados. A espera prolongada em uma cadeira da sala de emergência foi apenas o prelúdio de um episódio crítico. A administração de uma dose de dipirona, analgésico ao qual Alexander era alérgico, resultou em uma reação adversa severa que desencadeou um paro cardiorrespiratório de 12 minutos.
"Deram a ele uma overdose de dipirona, parando seu coração por 12 minutos, o que provocou um alerta e uma parada respiratória. Imediatamente ele foi entubado, submetido a uma traqueostomia e, após o procedimento, os médicos informaram sobre um dano cerebral, deixando-o em estado vegetativo", disse o irmão de Alexander Orjuela ao jornal El Espectador.
Quarenta dias depois, o engenheiro permanece em coma, e as esperanças de recuperação desaparecem com o tempo. Apesar das ações legais empreendidas pela família, que entrou com uma tutela e exigiu explicações, a resposta dos profissionais de saúde continua desanimadora: "O parecer é que ele está com morte cerebral e que não há mais nada a fazer", afirmou Yanina Prieto, irmã de Alexander, à imprensa.
A clínica que fica na Colômbia, até o momento, não emitiu nenhum comunicado sobre o incidente. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde está conduzindo as investigações pertinentes para esclarecer os fatos que transformaram a vida de Alexander Orjuela em uma tragédia. A incerteza e a angústia persistem na família enquanto buscam respostas e justiça para seu ente querido.

