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Descoberta arqueológica no Brasil revela origens antigas e evolução da sífilis

Estudo inovador utiliza genomas de restos humanos de 2 mil anos para desvendar segredos das doença

Divulgação/X

A Universidade de Zurique, por meio de uma pesquisa pioneira, desvendou parte do mistério por trás das doenças treponêmicas, especialmente a sífilis, com a análise de restos humanos datados de cerca de 2 mil anos encontrados no Brasil. Os genomas reconstruídos da bactéria Treponema pallidum proporcionam uma visão única das origens dessas infecções na América pré-colombiana.

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As sepulturas de Jabuticabeira II, em Santa Catarina, serviram como cenário crucial para a pesquisa. Os restos humanos descobertos nessa região costeira ofereceram aos cientistas uma oportunidade única de acessar cepas antigas da Treponema pallidum.

Contrariando expectativas, a relação genômica apontou para semelhanças com a subespécie causadora de bejel, uma forma não venérea da sífilis.

As análises genômicas não apenas revelaram uma relação inesperada entre as cepas e a sífilis bejel, mas também destacaram a diversidade e complexidade evolutiva dessas bactérias ao longo dos séculos.

A pesquisa redefine as subespécies, desafiando noções anteriores sobre a cronologia evolutiva, especialmente o desenvolvimento tardio das estirpes responsáveis pela sífilis venérea.

Avanços tecnológicos na pesquisa

O estudo fez uso de técnicas genômicas avançadas, incluindo a datação por relógio molecular, para calcular com precisão os tempos de divergência da família Treponema pallidum.

A descoberta de que as estirpes causadoras de sífilis venérea evoluíram mais tarde do que as não venéreas desafia conceitos estabelecidos, indicando uma complexa evolução dessas bactérias ao longo do tempo.

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A presença pré-colombiana dessas doenças nas Américas levanta questões intrigantes sobre a distribuição global precoce da família Treponema pallidum. A possibilidade de estirpes causadoras de sífilis não venérea estar presente antes da colonização europeia sugere rotas de disseminação distintas e adiciona uma nova camada de complexidade à história dessas infecções.

Essa descoberta arqueológica no Brasil não apenas lança luz sobre as origens das doenças treponêmicas, mas também destaca a importância das tecnologias genômicas na investigação de mistérios históricos.

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