Em seu universo dedicado a encontros e sexo, a colunista Jana Hocking mergulha nas questões mais íntimas da vida cotidiana. Entre questionamentos enviados pelos leitores, uma pergunta persiste: "por que meu parceiro não quer fazer sexo comigo, e como posso resolver isso?" Uma teoria intrigante surge para abordar essa questão comum.
Hocking revela que a pergunta sobre a falta de interesse sexual do parceiro é recorrente, chegando a ela pelo menos cinco vezes por semana. No entanto, uma teoria recente apresentada por um filósofo sugere uma resposta que pode abranger grande parte dessa situação.
A colunista compartilha uma teoria discutida em um podcast, onde o filósofo Alain de Botton aborda a complexidade do amor e do sexo em relacionamentos de longo prazo.
A teoria sugere que a "raiva" pode ser um dos principais motivos para a diminuição do interesse sexual, uma raiva muitas vezes não reconhecida pelos casais.

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Raiva não consciente
A raiva discutida não é resultado de grandes desentendimentos, como infidelidade ou abuso. Pelo contrário, são pequenos incidentes de decepção, como esquecer de tirar o lixo ou chegar tarde em casa. Esses eventos acumulam-se, transformando-se em uma raiva oculta que pode influenciar negativamente a intimidade.
De Botton destaca que é difícil sentir desejo por alguém quando há raiva não reconhecida. Muitos relacionamentos carregam uma carga de raiva armazenada, muitas vezes não percebida por ambas as partes.
Para superar esse obstáculo, a sugestão é realizar uma discussão aberta sobre as fontes de irritação. A pergunta semanal "como nos irritamos um ao outro?" pode ser o ponto de partida para uma conversa franca sobre as pequenas irritações acumuladas. Ao enfrentar esses problemas, a raiva subjacente pode diminuir, possibilitando o retorno do desejo sexual.

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Mais comunicação
A recomendação final é substituir gestos românticos tradicionais por uma abordagem mais direta. Ao abordar abertamente as fontes de irritação, os casais podem fortalecer sua conexão e revitalizar a intimidade, sem depender de flores, jantares requintados ou lingerie sensual.
A experiência pessoal de Hocking reflete a teoria discutida. Ela compartilha que, ao lidar com pequenas irritações em um relacionamento anterior, a diminuição do interesse sexual foi evidente. A lição aprendida é que a comunicação aberta sobre as pequenas irritações pode ser a chave para manter viva a chama da intimidade.
Ao adotar uma abordagem mais transparente e direta em relação às questões cotidianas, os casais podem descobrir que o retorno da paixão está mais ao alcance do que imaginavam.

