Um novo estudo da Universidade Sun Yat-sen, em Guangzhou, China, revelou que a posse de animais de estimação pode estar associada a taxas mais lentas de desenvolvimento de demência, especialmente em adultos que vivem sozinhos.
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Publicado na JAMA Network Open, o estudo envolveu mais de 7.900 participantes com mais de 50 anos, sendo cerca de 35% proprietários de animais de estimação e 27% vivendo sozinhos. Os resultados indicaram que ter um animal de estimação fez diferença na memória verbal e fluência de quem vive sozinho.
O autor do estudo, professor Ciyong Lu, observou que taxas mais lentas de declínio na memória verbal e fluência foram observadas em pessoas que viviam sozinhas, mas não naquelas que compartilhavam a moradia. Lu enfatizou que a posse de animais de estimação compensou as associações entre viver sozinho e o declínio cognitivo.
Zen Chung / Pexels
Conexão entre solidão e demência
Em contraste com a solidão, os pesquisadores destacaram que a posse de animais de estimação, como cães e gatos, está relacionada à redução da solidão, um fator de risco importante para demência e declínio cognitivo.
Apesar das descobertas promissoras, Lu salientou que serão necessários ensaios clínicos para confirmar os resultados do estudo. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo têm demência, com cerca de 10 milhões de novos casos a cada ano, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, classificada atualmente como a sétima principal causa de morte pela OMS. Embora não haja cura conhecida para a demência, a OMS sugere que permanecer ativo e continuar estimulando o cérebro podem contribuir para a saúde cognitiva.