Uma lenda chinesa remonta o xadrez a 200 a.C., mas foi no século XVI que o jogo evoluiu para a forma que conhecemos hoje. O mestre espanhol Ruy López de Segura deixou sua marca, criando a famosa "abertura Ruy López". No entanto, a história do xadrez ganhou uma reviravolta em 1997, diz o Mega Curioso.
A ascensão do xadrez digital
A invencibilidade de 15 anos do russo Garry Kasparov foi quebrada pelo Deep Blue, o primeiro computador a superar um mestre enxadrista. Esse acontecimento foi marcante na evolução do xadrez, e a Carnegie Mellon University ofereceu um prêmio de R$ 500 mil em 1980 para quem pudesse criar um computador capaz de vencer o melhor enxadrista do mundo.
Em apenas cinco anos, o cientista da computação Feng-hsiung Hsu desenvolveu o ChipTest, precursor do Deep Thought. Após vitórias em campeonatos, Hsu aprimorou seu projeto, culminando no surgimento do Deep Blue em 1996. Este computador podia analisar milhares de partidas e possuía um vasto conhecimento, mas o desafio real estava por vir.
O duelo histórico
Kasparov e Deep Blue enfrentaram-se em um torneio de seis partidas em fevereiro de 1996. Surpreendentemente, o resultado foi um empate. Contudo, a máquina precisava vencer para conquistar o prêmio da Carnegie Mellon. Após atualizações, o desfecho histórico ocorreu em 11 de maio de 1997. Kasparov cometeu um erro crucial, confundindo as jogadas do computador, e a vitória foi para o Deep Blue.
Após essa icônica vitória, o Deep Blue foi desmontado e suas peças estão em exposição em museus nos Estados Unidos. Embora tenha recusado uma revanche, Kasparov expressou gratidão em 2020, reconhecendo que o Deep Blue expandiu o interesse público pelo xadrez.
Em um mundo onde a mente humana e a tecnologia colidiram no tabuleiro, o Deep Blue deixou uma marca indelével na história do xadrez, provando que a evolução do jogo não está limitada apenas às mentes humanas, mas também à inteligência artificial.

