Social

Rússia rotula ativismo LGBTQIA+ como extremismo

Um golpe à liberdade: Supremo Tribunal autoriza perseguição a defensores LGBTQIA+

Ian Taylor/Unsplash

Em uma decisão chocante, o Supremo Tribunal da Rússia equiparou os grupos de defesa LGBTQIA+ a organizações extremistas, validando assim a intensificação da repressão liderada pelo presidente Vladimir Putin. A corte afirmou que o ativismo LGBTQIA+ é comparável a movimentos como al-Qaeda, alegando incitação à discórdia social e religiosa, sujeitando ativistas a penas de prisão consideráveis.

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Repressão em ascensão

O veredicto ocorre em meio a uma série de leis discriminatórias, incluindo a criminalização de representações de "relações sexuais não tradicionais" em mídia e propaganda. Cirurgias de mudança de sexo e tratamentos hormonais foram proibidos, enquanto pessoas trans enfrentam restrições ao divórcio e à adoção. Após a decisão do tribunal, operações policiais foram desencadeadas em locais LGBTQIA+ em Moscou, indicando uma escalada na repressão.

Censura e perseguição

Grupos de defesa enfrentam a perspectiva de atuar na clandestinidade, enquanto símbolos como a bandeira do arco-íris são proibidos, podendo resultar em prisão. Tanya Lokshina, da Human Rights Watch, destaca que a medida visa mobilizar apoiadores conservadores de Putin para as próximas eleições presidenciais e paralisar organizações de direitos humanos.

Crítica internacional

A comunidade internacional condenou a decisão, ressaltando a inexistência do suposto "movimento internacional LGBTQIA+" mencionado pelo tribunal. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, alertou para a grave ramificação social e criminal da rotulação como extremista.

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Distração eleitoral

Putin, no poder há 23 anos, declarou 2024 como o "Ano da Família", sendo interpretado por críticos como uma estratégia de desvio de atenção dos problemas resultantes da invasão russa da Ucrânia. Para Ivan Zhdanov, a classificação do ativismo LGBTQIA+ como extremista marca o início da campanha eleitoral de Putin para um novo mandato.

A decisão do Supremo russo intensifica preocupações sobre direitos humanos e liberdades individuais, colocando a Rússia no centro de críticas internacionais, concluiu o G1.

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