Arqueólogos na Alemanha fizeram uma descoberta surpreendente ao desenterrar os restos de um homem medieval que usava uma prótese de ferro "sofisticada" em uma de suas mãos. A escavação ocorreu perto da igreja paroquial de St. George, na cidade de Freising, na Baviera, a cerca de 24 milhas a nordeste de Munique, quando trabalhadores de gasoduto encontraram o esqueleto completo de um homem de meia-idade, reporta o New York Post.
De acordo com o Escritório Estadual da Baviera para a Preservação de Monumentos, a descoberta foi excepcional. A equipe de arqueólogos observou que o esqueleto tinha partes dos dedos de sua mão esquerda faltando, o que levou à revelação da prótese de ferro.
A prótese, incrivelmente intrincada, provavelmente era revestida de couro, e durante a investigação, os cientistas encontraram tecido enrugado dentro dos dedos. Um tecido semelhante a gaze provavelmente era usado para acolchoar os tocos da mão do homem enquanto ele usava a prótese.
O Dr. Walter Irlinger, chefe do Departamento de Conservação de Monumentos Arqueológicos da Baviera, explicou: "a prótese de mão oca na mão esquerda adicionava quatro dedos. O indicador, médio, anelar e mindinho são formados individualmente em chapa metálica e são imóveis". Ele também mencionou que a prótese provavelmente era presa ao toco da mão com tiras.

A datação por radiocarbono revelou que o homem, com idade estimada entre 30 e 50 anos, faleceu entre 1450 e 1620. Essa descoberta levanta a questão de como médicos da época buscavam facilitar a vida de amputados.
Esta descoberta é notavelmente rara, já que existem apenas cerca de 50 próteses conhecidas da Europa Central que datam do final da Idade Média e do início da Idade Moderna. A prótese mais famosa desse período foi a "Mão de Ferro" usada pelo cavaleiro alemão Götz von Berlichingen após perder a mão devido a um tiro de canhão durante uma guerra, em 1504.

