Um renomado patologista do Hospital Johns Hopkins, Jonathan Epstein, de 66 anos, está sob investigação e foi colocado em licença administrativa após alegações de um erro de diagnóstico que resultou na remoção indevida da bexiga de um paciente.
Além disso, Epstein é acusado de pressionar outros médicos do hospital a concordarem com diagnósticos feitos por sua esposa, a também patologista Dra. Hillary Epstein. As acusações de intimidação e alegações de que ele influenciou diagnósticos estão sendo avaliadas, de acordo com um relatório do "Washington Post".

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O caso veio à tona quando a Comissão Conjunta, uma organização sem fins lucrativos de acreditação hospitalar, emitiu um relatório que indicava preocupações com uma suposta "cultura de bullying e intimidação" no departamento de patologia cirúrgica da Johns Hopkins. Essa cultura, segundo o relatório, estava expondo os pacientes a cuidados inadequados.

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Epstein, que ocupava o cargo de diretor de patologia cirúrgica do hospital, teria dado segundas opiniões que coincidiam com as de sua esposa, que trabalha na Chesapeake Urology Associates em Beltsville, Maryland.
Em pelo menos um caso, a bexiga de um paciente foi removida, apenas para que uma análise pós-operatória revelasse um diagnóstico diferente.
Enquanto o relatório da Comissão Conjunta não abordou especificamente o envolvimento de Epstein nas segundas opiniões sobre o trabalho de sua esposa, fontes afirmam que ele desempenhou um papel nas alegações de intimidação.
Epstein respondeu às acusações, afirmando que ele baseou suas segundas opiniões em uma avaliação objetiva dos casos e negou qualquer conflito de interesses. Ele também enfatizou sua carreira de 35 anos na Johns Hopkins, ressaltando sua conduta profissional.

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A Chesapeake Urology Associates e a Johns Hopkins emitiram comunicados afirmando seu compromisso com os mais altos padrões de atendimento e qualidade, mas não forneceram detalhes sobre o caso específico da remoção da bexiga, informou o NYPost.
A investigação em curso levanta questões sobre a conduta ética dos médicos e destaca a importância de uma revisão imparcial e precisa dos diagnósticos médicos. O Johns Hopkins, um dos principais hospitais dos Estados Unidos, está colaborando com a Comissão Conjunta para abordar as preocupações mencionadas no relatório.
A situação permanece em desenvolvimento à medida que a investigação continua, e Epstein aguarda uma avaliação de suas respostas às alegações. A resolução desse caso terá implicações importantes para a integridade e a qualidade do atendimento médico no renomado hospital.

