Edward Putman, um fraudador britânico de loteria condenado por falsificar um bilhete premiado em 2009 e roubar 2,5 milhões de libras (mais de R$ 150 milhões), tem a oportunidade de acumular 355.000 mil libras (mais de R$ 2 milhões), mesmo preso, com a venda de sua casa apreendida.
Isso ocorre depois de ele ter pago apenas 94 mil libras (quase R$ 600 mil) de uma ordem de confisco de 939 mil libras (cerca de R$ 6 milhões) e sua propriedade já ter sido leiloada por 1,2 milhão (R$ 7.370.938,22).
A propriedade de Putman, localizada em Kings Langley, Herts, foi vendida ao abrigo da Lei dos Produtos do Crime e surpreendeu ao superar as expectativas em um leilão recente. Antes do leilão, a propriedade estava avaliada em 700 mil libras (R$ 4.301.928), mas especialistas afirmam que sua localização atrativa para incorporadores contribuiu para a alta venda.
Fraude
Putman foi condenado a nove anos de prisão em 2019 por sua participação em uma fraude de loteria. Ele planejou o esquema em colaboração com Giles Knibbs, um funcionário da Camelot, a empresa responsável pela loteria. Knibbs forjou um bilhete premiado, que Putman apresentou, alegando tê-lo encontrado em sua van antes do prazo de seis meses para reivindicar o prêmio expirar.
O esquema foi descoberto após o suicídio de Knibbs, em 2015, quando ele confessou à família sua participação na fraude. Após sua morte, a polícia encontrou evidências detalhadas do golpe, mas a investigação foi inicialmente fechada quando o bilhete não foi localizado. No entanto, a investigação foi reaberta em 2017 após a descoberta do bilhete.
Putman foi ordenado a reembolsar 939.782,44 libras (mais de R$ 5,5 milhões), uma fração do valor que ele se beneficiou com o golpe. As autoridades têm a capacidade de aumentar o valor da ordem de confisco, garantindo que ele reembolse o valor total do benefício obtido com o crime.

